Está em marcha a criação de uma comunidade de energia em Caldas da Rainha, que irá abranger mais de 200 empresas e que deverá entrar em funcionamento ainda este ano. Trata-se de uma parceira entre a EDP e a AIRO – Associação Empresarial da Região Oeste, que envolverá também 35 famílias vulneráveis.
A EDP Comercial explica, em comunicado, que este Bairro Solar EDP, designação dada ao projecto, apostará na produção de energia para auto-consumo e trará benefícios para as pequenas e médias empresas da cidade, que poderão beneficiar de descontos “entre 35% a 50%” no preço mensal da sua energia.
Segundo informação da empresa, a central solar será composta por mais de 1.800 painéis solares, a instalar “em terrenos da autarquia” e fornecerá energia “a negócios vizinhos”.
“Será dada prioridade a empresas de pequena e média dimensão e àquelas que, por não terem espaço útil para instalar painéis solares, não podem beneficiar de outra forma desta energia limpa”, adianta a nota de imprensa da EDP Comercial.
A empresa avança ainda que se prevê que “70% da produção anual deste Bairro Solar sirva para pequenos negócios como lojas, restaurantes e outras actividades”, localizadas em Caldas da Rainha, “contribuindo desta forma para a dinamização da economia local”.
Naquele comunicado, a EDP Comercial esclarece que “qualquer empresa que se situe dentro de um raio de quatro quilómetros” da localização da central solar poderá aderir à comunidade e beneficiar de descontos “entre 35% a 50%” no preço da energia.
Para “maximizar” a partilha desta energia renovável e “democratizar” o acesso à energia solar, estão a ser identificadas pela câmara, “cerca de 35 famílias vulneráveis da cidade”. O objectivo é que integrem o projecto e, dessa forma, “obterem reduções significativas nas suas facturas com energia”, acrescenta a EDP que ficará responsável pelo investimento, manutenção e operação dos painéis
Os interessados em integrar a comunidade podem inscrever-se junto da AIRO.
O Bairro Solar EDP em Caldas da Rainha é um dos 1500 projectos do género que a empresa está a desenvolver em todo o País, que “adicionarão mais de 35Wp de produção de energia renovável para auto-consumo” em Portugal. O objectivo, alega a eléctrica, é contribuir para “a transição energética do tecido empresarial nacional e para a redução do custo da energia para mais de 35 mil empresas e famílias”.