O Outono está aí e com ele uma nova época se começa a desenhar, com outros desafios, renovadas expectativas e sonhos de glória que alimentam todos os que fazem do atletismo uma parte importante das suas vidas, seja como atletas, treinadores ou dirigentes. 2025 será um ano com renovadas oportunidades de atingir a glória, seja através de uma medalha ou participação num campeonato da Europa ou do Mundo ou da simples obtenção de um recorde pessoal.
Também é altura de balanços, de avaliar o que correu bem ou menos bem, de recordar quem abandonou a modalidade ou partiu deste mundo e de relembrar momentos inesquecíveis que serão recordados pelas gerações vindouras. A título pessoal quero aqui destacar também a edição de dois livros dedicados à vida e aos feitos do grande Carlos Lopes, da autoria dos jornalistas Rogério Azevedo e António Simões, que recomendo vivamente e que vieram preencher uma lacuna no nosso mercado editorial e na história do desporto nacional, conforme deixei expresso nesta coluna há alguns meses.
Oxalá sirvam de inspiração para que outros atletas, que nos deram igualmente motivos de orgulho, sejam objeto de igual atenção por parte de quem escreve sobre o desporto em Portugal. Uma dessas atletas foi Jessica Augusto que anunciou recentemente o final de uma carreira recheada de sucessos nacionais e internacionais onde há a destacar a conquista de vários títulos europeus.
Também para a posteridade vai ficar a medalha do nosso Miguel Monteiro, recordista mundial e agora também campeão paralímpico no lançamento do peso, nos Jogos de Paris. Que o seu exemplo de resiliência, persistência e superação nos inspire a todos a sermos melhores em cada dia e a não deixar que os infortúnios que nos atinjam nos façam desistir dos nossos sonhos e dos nossos objetivos.
Destaque também para os medalhados Sandro Baessa nos 1500 metros(prata) e Carolina Duarte nos 400 metros(bronze) que, juntamente com atletas de outras modalidades que tão bem nos representaram nos Jogos Paralímpicos de 2024, nos relembram que o atletismo e o desporto podem e devem ser para todos.
Virando a página e olhando para o futuro, aguarda-nos um ano com um Europeu de pista coberta em março (Países Baixos) e um campeonato da Europa por equipas em junho (Espanha) onde vamos disputar com as melhores seleções do velho continente a permanência na elite do atletismo europeu e com dois campeonatos do Mundo, um indoor, também em março, na China e outro no final da época, em setembro, no Japão.
Um verdadeiro festim para os amantes do atletismo que terão múltiplas oportunidades de ver e admirar os seus ídolos e vibrar com os seus feitos, as vitórias e os recordes que alimentam a imaginação de quem vê nos heróis das pistas a mesma condição de imortais dos antigos deuses do Olimpo.
Texto escrito segundo as regras do Novo Acordo Ortográfico de 1990