Destruída no incêndio que 2017, a capela de Adega, em Pedrógão Grande, reergueu-se, finalmente, das cinzas. Depois de quatro anos de espera, o templo centenário está praticamente reconstruido e já há data para que volte a ficar “ao serviço do povo”.
Será no dia 5 de Outubro, anuncia o padre Geraldo Mário, que quando chegou Pedrógão Grande, há dois anos, se deparou com um processo de reconstrução que “não atava nem desatava”.
“Foi preciso juntar as vontades das entidades locais para que a obra se fizesse e se devolvesse este património religioso à população”, refere o sacerdote, explicando que a reconstrução é uma obra “conjunta da fábrica da igreja e da câmara”.
O templo, dedicado a Nossa Senhora das Brotas, ardeu a 17 de Junho de 2017. Foi o único edifício destruído pelas chamas na aldeia de Adega, onde ninguém morreu à passagem do fogo.
“Só morreu a santa. Até se diz que ardeu para salvar a população”, [LER_MAIS]conta José Nunes, membro da comissão da capela e um dos cerca de 30 moradores da aldeia.
Segundo o residente, depois do incêndio houve “várias promessas” para a sua recuperação, mas o processo foi-se arrastando. O Município de Pedrógão Grande acabou por assumir a obra no orçamento de 2019, mas os trabalhos só avançaram este Verão.
“Finalmente. Era uma vergonha”, desabafa José Nunes, frisando que a situação era particularmente “dolorosa” para as pessoas mais idosas da aldeia.
Neste momento, faltam apenas os arranjos exteriores e a beneficiação do acesso, que serão executados pela câmara, bem como a colocação de quatro imagens religiosas que irão adornar o interior do templo, incluindo uma nova de Nossa Senhora das Brotas.
Até ao momento não foi possível falar com um representante da câmara sobre este processo.