Com Heloísa Apolónia como cabeça-de-lista às legislativas, a CDU quer eleger um deputado no círculo eleitoral de Leiria.
A coligação que une PCP e Os Verdes apresentou 15 nomes, oito mulheres e sete homens, candidatos às eleições legislativas de 30 de Janeiro, numa sessão realizada no sábado, dia 11, em Leiria.
“Heloísa Apolónia é uma mulher que o distrito e o País reconhecem”, sublinhou a mandatária distrital da candidatura, Ana Rita Carvalhais, na primeira intervenção, reforçando que é missão da CDU combater as desigualdades e a precariedade.
[LER_MAIS]“São os baixos salários que continuam a empurrar para a emigração, todos os anos, largas dezenas de milhares de jovens.”
Seguiu-se Ângelo Alves, membro do Comité Central, numa mensagem maioritariamente marcada pelo já conhecido apontar de dedo ao PS pela realização de eleições antecipadas.
O responsável pela Organização Regional de Leiria reservou ainda algumas palavras finais para os eleitores.
“Leiria precisa de uma voz na Assembleia da República que marque a diferença. Uma voz com experiência, com conhecimento e garra para lutar por este distrito e pelo seu povo.”
A primeira candidata, Heloísa Apolónia, justificou a sua recandidatura por Leiria, após ter falhado a eleição há dois anos, pela “ligação forte” ao distrito, forjada, em parte, pelos incêndios de 2017, e lembrou as pessoas que lhe dizem que “a sua voz faz muita falta na Assembleia”.
Uma voz que, afirmou, tem faltado nos eleitos pelo distrito, ao nível do ordenamento florestal, da insuficiência dos transportes ou da poluição.
“Leiria não tem tido uma voz activa na Assembleia da República. (…) Seremos a voz imprescindível, visível e forte para alavancar as potencialidades do distrito”, afirmou Heloísa Apolónia.
Abordou ainda a necessidade de rentabilizar os concelhos do norte, de criar um plano de mobilidade para o distrito e de continuar o trabalho pela modernização da Linha do Oeste.
A candidata apontou ainda a situação dos centros hospitalares do distrito e de alguns municípios onde “40% da população não tem médico de família”.