Dezembro é a data prevista para o início da construção do centro cultural dos Pousos. Um projecto que começou a ser “sonhado” há mais de 20 anos como recorda José Cunha, presidente da União de Freguesias (UF) de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes, que vai agora “finalmente” sair do papel.
Adjudicada por quase 3,9 milhões de euros (incluindo IVA) ao grupo Nova Gente, com sede nos Pousos, a empreitada tem já visto do Tribunal de Contas, faltando apenas a contratação do serviço de segurança e de fiscalização de obra, procedimento que, segundo José Cunha, deverá ficar concluído dentro de dias. “Há condições para que a obra comece em Dezembro”, avança o autarca, adiantando que a empreitada tem um prazo de execução previsto de um ano e meio (480 dias).
A cumprir o seu terceiro mandato como presidente da UF, José Cunha já perdeu a conta aos pedidos de informação de moradores dos Pousos sobre o projecto. “Acho que em todas as sessões de assembleia de freguesia havia perguntas sobre o ponto da situação do auditório. Isto denota bem a expectativa das pessoas em relação ao projecto”, assinala o autarca.
Auditório com 420 lugares
A construir nas traseiras do edifício da Junta de Freguesia, o centro cultural terá um auditório com 420 lugares, equipado com palco, reggie e camarins. O projecto contempla também a criação de salas de formação musical, que poderão ser afectas a outras actividades, e uma zona para cafetaria/bar.
“Não será um equipamento apenas para as artes. Ficará preparado para acolher vários tipos de eventos e de iniciativas para que possa dar alguma rentabilidade”, ressalva José Cunha, considerando que a localização “privilegiada”, com a proximidade ao acesso a duas auto-estradas (A1 e A8), será uma mais-valia para o projecto. Por definir está, segundo o presidente da junta, o modelo de gestão do espaço.
Frisando que se trata de uma opinião pessoal, que não vincula o restante executivo, José Cunha admite que a solução mais ajustada seria uma administração “partilhada”, entre a junta e SAMP – Sociedade Artística e Musical dos Pousos, apontada como a principal utilizadora do espaço e que esteve “muito” envolvida na concepção do projecto.
A obra será financiada por fundos próprios da junta. A autarquia contará com apoio da Câmara de Leiria que, no seu último orçamento, inscreveu uma verba de 1,5 milhões de euros para este projecto.