Sete concertos nos concelhos de Alcobaça e Porto de Mós – e mais um em Lisboa – preenchem a agenda do Cistermúsica até domingo, num fim-de-semana, o segundo desde o arranque da 31ª edição do festival, em que sobressaem os nomes de Inês Andrade e João Barradas.
A pianista e solista Inês Andrade, com carreira internacional consolidada a partir dos Estados Unidos, vai a palco com a Orquestra Filarmónica Portuguesa na sexta-feira, 7 de Julho, pelas 21:30 horas, na Cerca do Mosteiro de Alcobaça, para um programa dirigido pelo maestro Osvaldo Ferreira que inclui obras de Luís de Freitas Branco, Clara Schumann e Johannes Brahms (bilhete: 15 euros).
No mesmo local e à mesma hora, mas no sábado, 8 de Julho, o músico João Barradas, actualmente um dos acordeonistas europeus mais conceituados e reconhecidos, junta-se à Banda Sinfónica Portuguesa, dirigida por Francisco Ferreira, na interpretação de O Amor Proibido, espectáculo suportado em composições de Leonard Bernstein e Adam Gorb e numa peça de Telmo Marques em estreia mundial.
Um dos momentos mais entusiasmantes do Cistermúsica nos próximos dias promete ser o concerto agendado para a Fórnea, em Porto de Mós, inserido no Ciclo de Concertos em Meio Natural, onde no domingo, 9 de Julho, pelas 17 horas, vai actuar o Maat Saxophone Quartet, que inclui instrumentistas portugueses, apesar de estar baseado em Amesterdão, na Holanda.
O colectivo deverá percorrer temas de Carlos Paredes e do fado de Coimbra, além de outros, do álbum Renascer, da autoria de Alejandro Erlich Oliva, Nuno Lobo, Arnold Marinissen, Hugo Correia e José Luís Tinoco.
Outro quarteto, de jazz e voz, Remember Jobim, actua no âmbito de um novo eixo de programação do Cistermúsica, o Jazz no Bosque, que a organização vê como um festival dentro do festival – sábado, às 19 horas, no Mosteiro de Alcobaça, com um repertório que presta homenagem ao compositor brasileiro Tom Jobim. A entrada é livre.
Hoje, quinta-feira, 6 de Julho, o Cistermúsica leva o ensemble barroco Melleo Harmonia Antigua à sacristia do Mosteiro de Alcobaça (bilhetes: 10 euros), num programa, com início às 21:30 horas, dedicado ao barroco no feminino e a obras de Elizabeth Jacques de la Guerre, Wilhelmina von Bayreuth, Isabella Leonarda, Anna Bon di Venezia e Anna Amalia von Prussen – a música no feminino é, justamente, o mote que inspira a 31ª edição do Cistermúsica – Festival de Música de Alcobaça, organizado pela ABA – Banda de Alcobaça com direcção artística de André Cunha Leal.
Para amanhã, às 18 horas, no Cine-Teatro de Alcobaça – João d’Oliva Monteiro, está agendado o concerto de encerramento dos estágios de orquestra orientados pela Academia de Música de Alcobaça.
No domingo, 9 de Julho, o Cistermúsica desloca-se ao Mosteiro de Cós, onde se apresenta, depois das 18 horas, o ensemble de voz e órgão Avres Serva, com um espectáculo dedicado à prática musical cisterciense de finais do século XVIII e princípios do século XIX.
Ainda no próximo domingo, mas em Lisboa, no Teatro Maria Matos, vai a palco o Quinteto Piazzolga, com Jill Lawson ao piano, numa celebração da carreira de Olga Prats.
Com um orçamento de 550 mil euros, metade garantido por instituições públicas (incluindo, a DGArtes) e metade proveniente de mecenas e patrocinadores privados, e receitas de bilheteira, a equipa responsável pelo Cistermúsica anuncia “o maior festival de música clássica no País” e “uma qualidade superior àquela que tem vindo a ser apresentada nos últimos anos”, em que se destacam nomes internacionais e jovens valores, muitos deles com carreira pelo mundo.
Ao todo, até 30 de Julho, 44 espectáculos (40 concertos e quatro bailados) e 27 agendados para o Mosteiro de Alcobaça, incluindo, em espaços geralmente inacessíveis para o público e que são abertos para acolher o Cistermúsica.
O festival desloca-se a cinco freguesias do concelho de Alcobaça, número que é atingido pela primeira vez. Encerra com o que a organização espera que seja “uma festa”: The Gift a apresentarem Coral no Claustro do Rachadouro.