Antes da primeira sessão de discos e petiscos, junto à sede da Associação Cultural e Recreativa Nascente do Lis, na estrutura instalada sobre o rio, a edição de 2023 do festival Nascentes abre com a orquestra de samples em cadeira de rodas Ligados às Máquinas, da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra.
Neste concerto, agendado para as 19:30 horas, na nascente do Lis, os Ligados às Máquinas vão apresentar ao vivo, pela primeira vez, estruturas que se baseiam em samples cedidos por mais de 30 artistas como, entre outros, a Orquestra e o Coro da Gulbenkian, Salvador Sobral, Samuel Úria, Joana Gama, Ana Deus, Rita Redshoes, Bruno Pernadas, Moullinex, Coro Ninfas do Lis, Joana Guerra, José Valente, Surma, Gala Drop, Lavoisier, Cabrita, First Breath After Coma, Vasco Silva e João Maneta.
Os nove membros dos Ligados às Máquinas, todos eles com alterações neuromotoras graves, vão, também, mostrar repertório mais antigo, num espectáculo inédito que assinala 10 anos de actividade.
Para as 20:30 horas, está marcada a inauguração do Museu do Comum, que resulta da co-criação entre artistas e habitantes das Fontes. Um esforço colaborativo que reúne fotografias e objectos cedidos pela população. Desde utensílios domésticos a ferramentas do meio rural, além das imagens resgatadas nos álbuns de família. Uma instalação viva, para a qual os visitantes também podem contribuir.
Nascentes. As histórias da aldeia desaguam no Museu do Comum, a abrir o festival
O primeiro dia do festival Nascentes encerra depois das 22 horas, no Largo da Capela, com a actuação de Carincur e João Pedro Fonseca com o Coro das Fontes constituído por moradores da aldeia.
Os dois concertos desta quarta-feira são o produto de duas residências artísticas de criação.
As actividades do Nascentes são gratuitas. Até domingo, o festival apresenta uma programação que relaciona artistas e espaços, natureza e criação, rasgo e tradição, com concertos, tasquinhas, artes e propostas para famílias e para o público infanto-juvenil.