Registada desde o dia 19 de Janeiro de 2023, a Comunidade de Energia Renovável da Batalha aguarda há mais de seis meses por uma autorização da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e de uma validação por parte da E-Redes para iniciar a sua actividade e assim poder transaccionar energia entre os seus membros.
O alerta foi dado por Raul Castro, presidente da Câmara Municipal da Batalha, nas comemorações do Dia do Município, a 14 de Agosto. Questionado pelo JORNAL DE LEIRIA, o vice-presidente da autarquia, Carlos Agostinho, explica agora que “o pedido de registo junto da DGEG foi solicitado há mais de seis meses, mas até agora não houve uma autorização definitiva, nem qualquer desenvolvimento relativamente ao processo, apesar da insistência junto do referido organismo”.
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A ACERBatalha – Associação da Comunidade de Energia Renovável foi constituída com o objectivo de partilhar e comercializar entre os seus membros a energia renovável produzida por unidades de produção para auto-consumo, integrando 13 entidades públicas e privadas, como a câmara municipal, junta de freguesia, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários e distintas empresas do concelho.
Segundo o edil, assim que o alvará seja emitido, serão iniciadas as operações de comercialização de energia, através da aquisição da energia sobrante de associados auto-produtores e a venda aos associados não produtores, “em ambos os casos com preços mais interessantes”.
Carlos Agostinho avança ter sido já seleccionada a plataforma electrónica para a gestão das transacções de energia, assim como identificados os técnicos habilitados para assegurar a gestão da ACERBatalha.
Sobre os benefícios da Comunidade de Energia Renovável, o vice-presidente salienta a contribuição para a descarbonização, “e em termos restritos, trará poupanças aos adquirentes e um melhor preço aos associados cedentes”, estando previstas “poupanças significativas na ordem dos 30%, em relação às actuais ofertas de mercado”.