A decisão sobre o pavilhão multiusos de Leiria, com o ajuste directo do projecto de arquitectura e especialidades ao concorrente vencedor do concurso de ideias, só deverá acontecer após as eleições autárquicas de 1 de Outubro.
Depois de dois adiamentos, a proposta de deliberação não foi sequer incluída na ordem de trabalhos da última reunião de Câmara, realizada na passada terça- -feira. Isto, apesar de o presidente da autarquia, Raul Castro, ter prometido na sessão anterior, dia 9 de Agosto, que “de certeza” o assunto viria à reunião seguinte. Não só não veio, como o presidente admite agora que a decisão venha a ocorrer apenas depois das eleições.
“Eventualmente vai ser assim”, antevê o autarca. Em declarações ao JORNAL DE LEIRIA, Raul Castro explica que está em avaliação jurídica uma reclamação” apresentada pelo concorrente excluído do concurso de ideias, a Central Projectos Lda.
Na origem desse afastamento está, tal já foi noticiado, o facto de a proposta conter referências ao nome da empresa, contrariando uma das regras do concurso que determinava o anonimato dos candidatos.
O provável adiamento da decisão surge depois das críticas feitas ao prazo dado para a apresentação de propostas no âmbito do concurso de ideias – 40 dias – que foi considerado “apertado” por arquitectos e pela respectiva Ordem profissional.
[LER_MAIS] “Não houve pressa. Eram 40 dias para a apresentação de uma ideia, não dos projectos”, volta a afirmar Raul Castro, assegurando que da parte do município “houve respeito pelas regras”.
Até ao momento, a Câmara ainda não divulgou o nome do vencedor do concurso de ideias, mas o JORNAL DE LEIRIA sabe que a proposta ganhadora foi liderada por Pedro Cordeiro, arquitecto de Leiria.
De acordo com informação já divulgada pela autarquia, a proposta prevê que o espaço de arena tenha capacidade para três mil lugares sentados e 18.552 metros quadrados de construção divididos por dois pisos.