As unidades de apoio à visitação em construção em algumas aldeias na região de Sicó, estão a motivar críticas, nomeadamente pela “falta de enquadramento” com a paisagem.
O Grupo de Protecção de Sicó, pela voz de Hugo Neves, responsável pela secção de ambiente, alega que as edificações “nada têm a ver” com as características da região e que, por isso mesmo, “desvirtuam” o território.
A mesma crítica é feita pelo geógrafo João Forte, que lamenta que “uma boa ideia” tenha sido “mal projectada e executada”, alegando que poderiam ter sido aproveitadas algumas edificações existentes nas aldeias, como “antigos palheiros”, para, depois de recuperadas, desempenharem a função de apoio ao visitante.
Hugo Neves chama ainda a atenção para o facto de as técnicas construtivas utilizadas nestas unidades “não terem nada a ver com o território, onde predomina a pedra seca”. “É um investimento que não acrescenta nada a Sicó”, conclui.
O JORNAL DE LEIRIA solicitou informações sobre o projecto à associação Terras de Sicó, entidade promotora da iniciativa, mas não obteve qualquer resposta, apesar da insistência.
Entre as perguntas que ficaram sem resposta está que funcionalidades terão as unidades de visitação e qual o montante do investimento. Também sem resposta ficou o pedido de comentário às críticas feitas ao projecto.