No final de Abril, aproximadamente 17.870 trabalhadores da indústria da madeira e mobiliário estarão “brutalmente afectados” com os impactos da pandemia, uma vez que “dependem de empresas que estarão encerradas” nessa altura, “com recurso a lay-off total”.
Trata-se de 35% do emprego do sector, que assegura cerca de 50 mil postos de trabalho directos, explica a AIMMP, associação que representa esta indústria, que promoveu um inquérito para perceber os impactos que as empresas registam agora e num cenário a vários meses.
Em Abril e Maio, cerca de 50% das empresas inquiridas vão recorrer ao lay-off, parcial ou total. “O pico de empresas absolutamente paradas, sem qualquer produção”, está previsto para o final do corrente mês.
A 31 de Maio, 38% das empresas inquiridas ainda estará encerrada ou a laborar a menos de 25% da sua capacidade e outras 66% a trabalhar a menos de metade da capacidade instalada, “o que realmente é um cenário catastrófico”.
A AIMMP inquiriu para cenários a um, três e seis meses, concluindo que a evolução do volume de negócios “vai piorar progressivamente, e que o pessimismo das empresas aumenta”.
Por outro lado, as empresas estimam uma redução da liquidez ainda mais acentuada do que a do volume de negócios.