O crematório de Leiria, um projecto já com vários anos, está adiado sine die. Isso mesmo foi assumido pelo presidente da Câmara, na reunião de executivo realizada na terça-feira, onde Raul Castro deu conta da falta de operadores interessados na construção e exploração do equipamento.
Segundo referiu, os dois concursos públicos abertos no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) ficaram “desertos”. Posteriormente, “foram feitos contactos directos” com operadores do sector, que “não se manifestaram interessados”. “A alternativa seria a CIMRL avançar com a sua execução, mas não há financiamento para este tipo de obra”, acrescentou Raul Castro, revelando que em causa está um investimento entre 800 mil a um milhão de euros.
Em resposta aos esclarecimentos do presidente da Câmara, Álvaro Madureira, vereador do PSD, defendeu a possibilidade de o município de Leiria avançar com a obra, “com ou sem CIMRL”, “fazendo a diferença” através de um “investimento para o concelho e para o distrito”.
Raul Castro contrapôs, alegando que este tipo de equipamento deve “funcionar numa óptica multimunicipal”, manifestando-se convencido que, se os municípios à volta de Leiria ficarem de fora do projecto, “poderá não haver adesão” da população.