“Estamos muito satisfeitos com a confiança dos empresários que escolheram Óbidos para instalar um projecto desta natureza”, diz Filipe Daniel ao nosso jornal.
O presidente da Câmara de Óbidos refere-se ao investimento privado, de cerca de 30 milhões de euros, que prevê criar, em Dezembro de 2026, o primeiro surf parque do País, a instalar naquele concelho.
O autarca adianta que o pedido de informação prévia já deu entrada na Câmara de Óbidos, tendo sido aprovado, e que também o Turismo Centro de Portugal se pronunciou favoravelmente.
O desenvolvimento de um projecto turístico, que promove a prática de surf, ao mesmo tempo que cria variadas soluções de alojamento e gera postos de trabalho, alicerçado sobre princípios de sustentabilidade é bem-visto pelo presidente.
Em nota de imprensa, a Surfers Cove informa que em 2024 vai iniciar a construção, em Óbidos, do primeiro surf parque do País. O parque temático, com piscina de ondas, integrará um aldeamento turístico de quatro estrelas, com máximo de 144 camas. A empresa tem como accionistas de referência, a Menlo Capital ,a Despomar, a Alaïa Bay, a Admar, outros accionistas e a equipa de gestão. E prevê-se que o investimento seja financiado por capital privado, fundos comunitários e empréstimos bancários.
O ambiente controlado e complementar ao oceano permite uma experiência de surf inclusiva, a públicos de várias idades e apresenta -se também como “sítio perfeito para a elite do surf português poder treinar”.
56 Unidades de alojamento
Manuel Vasconcelos, da Surfers Cove e proprietário do terreno, refere que “o projecto será implementado numa área de cinco hectares e o aldeamento turístico terá 56 unidades de alojamento, restaurante, loja de surf, vários skate parques, courts de padel e de beach ténis, uma escola de surf, um espaço de wellness, zonas verdes ajardinadas, pista de bicicletas e zona para eventos corporativos”.
A sustentabilidade “será a principal preocupação”, quer na escolha de materiais de construção, quer na adopção de 1.800 metros quadrados de painéis fotovoltaicos, salientam os promotores. O presidente da autarquia realça também o reaproveitamento de águas pluviais.
Ricardo Cunha Vaz, administrador da Menlo, accionista da Surfers Cove, afirma que “a piscina de Óbidos terá uma utilização de quase 24 horas já que está prevista a iluminação que vai garantir uma perfeita visibilidade e segurança aos utilizadores”.
Ricardo Cunha Vaz “antecipa uma facturação anual na ordem 10 milhões de euros, em velocidade de cruzeiro”, 60% dos quais resultantes do negócio relacionado com o surf.
Estima ainda a criação de 50 postos de trabalho. Informa ainda “que a Surfers Cove vai, até final do ano, reunir uma segunda ronda de investidores interessados no negócio e concorrer a fundos comunitários que estão disponíveis para projectos inovadores”.
Em Março de 2026, o parque arranca com um período de soft opening seguido da grande abertura ao público português e internacional.
[Notícia actualizada às 18 horas do dia 21/12/2023, com correcção da data de arraque do parque em soft opening, que será em Março de 2026 e não em Dezembro desse ano, como inicialmente foi comunicado pela empresa]