Está quente, muito quente, a temperatura política na Marinha Grande. Na semana passada, quatro dos cinco vereadores sem pelouro chumbaram pela, segunda vez, a proposta de revisão ao orçamento apresentada pelo PS.
O documento dos socialistas apenas contou com o apoio do eleito do PSD, António Santos, que não chegou para o aprovar. Apesar das dificuldades de governação, o presidente da Câmara, Paulo Vicente, garantiu, em conferência de imprensa, que não se demite.
O líder da autarquia disse ainda que está disponível para “negociar” com a oposição, mas assegurou que não irá ceder às exigências dos eleitos do +Concelho e do MpM – Movimento pela Marinha, que pedem a substituição da sua chefe de gabinete, Teresa Coelho, e do seu adjunto, Nelson Araújo.
Entretanto, os representantes dos dois movimentos revelam que irão apresentar propostas no sentido de retirar a Paulo Vicente as competências que lhe estão delegadas em matéria de alterações ao orçamento e de execução da despesa até ao montante de 350 mil euros.
Durante a conferência de imprensa, Paulo Vicente explicou que o que está em causa é uma proposta para “alocar ao orçamento o saldo de gerência” do último ano e “mais algumas receitas que não estavam previstas”, num total de quase 7,5 milhões euros.
Nesse sentido, o PS levou a reunião de Câmara um conjunto de propostas para aplicar essa verba, cujos projectos estão, segundo os eleitos do PS, “todos elaborados a aguardar a abertura de concursos”.
“O ditado diz que 'casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão'. Aqui, existe pão e não nos deixam comê-lo”, diz o presidente, acusando a oposição de não ter apresentado “nenhuma proposta concreta” para a alocar aquela verba.
Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.