O presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Walter Chicharro, que ocupa o terceiro lugar da lista do Partido Socialista (PS) pelo distrito Leiria às legislaticas, vai suspender o mandato partir de segunda-feira e até 10 de Março, dia das eleições.
Esta suspensão resulta da Lei Eleitoral para a Assembleia da República que determina que, desde a dada de entrega das candidaturas e até ao dia das eleições, os candidatos que sejam presidentes de câmara ou que legalmente os substituam não podem exercer as respectivas funções. Catarina Louro, vereadora na Câmara de Leiria e que segue em quarto lugar na lista do PS, não está abrangida por esta determinação da lei.
“Lamento este imperativo legal, que me vai impedir de participar em momentos importantes da vida autárquica, muito preparados por mim”, diz Walter Chicharro. Em declarações ao JORNAL DE LEIRIA, o edil refere, a título de exemplo, que não poderá participar na aprovação da abertura do concurso para o funicular da Pederneira, nem “comandar” os festejos do Carnaval na vila, cuja organização conta com um “grande envolvimento” da câmara.
Apesar de considerar que esta questão legal “não faz muito sentido”, Walter Chicharro garante que acatará as disposições da lei. “Claro que me deixa chateado e aborrecido ficar mais de um mês afastado das funções autárquicas, mas é um imperatido legal”, reforça o presidente do município, que será subsituído pelo vice-presidente da câmara, Manuel Sequeira.
Caso seja eleito deputado, como espera, Walter Chicharro voltará à câmara, para reassumir as funções de presidente até à tomada de posse na Assembleia da República. A sua expectativa é que ainda consiga proceder à inauguração de obras importantes, como o parque empresarial de Valado dos Frades, o centro escolar de Famalicão e o interface rodoviário, e proceder à colocação da primeira pedra do funicular.
Numa mensagem publicada na sua página de facebook, Walter Chicharro explica que aceitou integrar a lista de candidatos a deputados “após muita meditação pessoal, familiar e política” e por entender que pode “ajudar a região a crescer e a desenvolver-se ainda mais”.
O também presidente da federação distrital do PS lembra que, no passado, já tinha recusado esse desafio, por ainda não ter colocado em marcha todos os projectos que considerava fundamentais para a Nazaré, objectivo que entende estar agora cumprido.
“Estão reunidas as condições para poder dar o sim ao secretário-geral do meu partido de sempre. Este não é um adeus. Serei sempre um defensor acérrimo da minha terra, mas agora com um olhar mais regional”, assegura Walter Chicharro.