A APIN – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior anunciou hoje vários projectos com um valor total de 3,5 milhões de euros para Pedrógão Grande.
Segundo explicou o presidente do Conselho de Administração da empresa intermunicipal, João Miguel Henriques, a APIN irá realizar “um vasto leque de investimentos, num total de 3,5 milhões de euros” no concelho de Pedrógão Grande, que contempla “melhorias e expansão de redes de drenagem de águas residuais domésticas”.
Ao todo serão seis empreitadas com um investimento da APIN a rondar os 3,2 milhões de euros, cofinanciado pelo POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.
João Miguel Henriques adiantou que está previsto executarem-se, até ao final do primeiro semestre de 2023, 27 quilómetros de conduta gravítica, 2,4 quilómetros de condutas elevatórias, 797 caixas de visita, 523 ramais domésticos e seis estações elevatórias.
O responsável destacou ainda um dos projetos, que assenta na eficiência hídrica, o que evitará as perdas de água, uma medida que já foi tomada noutros concelhos que integram a APIN.
“Este é integrado no Plano Estratégico de Controlo de Perdas do Sistema de Abastecimento de Água, transversal a todo o Sistema APIN. Em Pedrógão Grande representa um investimento de cerca de 322 mil euros, em aquisição de equipamentos de controlo, medição e telegestão para a antecipação de fugas de água”, acrescentou.
E adiantou que, a “aposta na área da eficiência hídrica é uma necessidade urgente a nível global”.
“Até chegar ao consumidor final, há uma grande quantidade de água que se perde (estima-se superior a 50% na região)”, precisou.
Para o presidente, este sistema intermunicipal “permite estes e outros investimentos prioritários, vitais e de grande escala, cofinanciados pelo POSEUR, que contribuem para melhoria das condições de vida das populações e para a preservação dos recursos naturais na região”.
A APIN garantiu também “uma gestão profissional, tecnicamente habilitada e focada exclusivamente a este sector, potenciando a qualidade do serviço, o caminho para a eficiência, ganhos de escala e consequentemente a maior sustentabilidade financeira e ambiental”.
João Miguel Henriques salientou que os concelhos que integram a APIN, em actividade há dois anos e meio, “estão já a usufruir de significativas melhorias na qualidade dos serviços de abastecimento de água, saneamento e gestão de resíduos, ao invés dos municípios isolados que não tinham e continuam a não ter, como é de conhecimento público, capacidade para profundos investimentos neste sector”.
“Apostamos diariamente em cumprir o 6.º Objectivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) inscrito na agenda 2030 das Nações Unidas, que prevê alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados e justos para todos, melhorar a qualidade da água e reduzir para metade a proporção de águas residuais não tratadas reduzindo substancialmente o número de pessoas afetadas pela escassez de água”, destacou ainda o responsável.
Para João Miguel Henriques, “a agregação de municípios permite a sustentabilidade dos serviços na região, garantindo uma maior capacidade financeira, técnica e tecnológica, com dimensão capaz de assegurar a sua sustentabilidade atual e também das gerações futuras”.
Criada em 2018 para gerir os serviços de abastecimento de água, de saneamento e resíduos sólidos, a APIN agrega 11 concelhos dos distritos de Coimbra e de Leiria, embora o de Penacova já tenha anunciado a intenção de abandonar.
Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande (do distrito de Leiria), Góis, Lousã, Pampilhosa da Serra, Penela, Vila Nova de Poiares e Penacova (do distrito de Coimbra) continuam a integrar a empresa, constituída por capitais públicos.