Os Estaleiros Navais de Peniche (ENP) celebram três décadas, um percurso pautado pela inovação, impressa em embarcações que navegam em vários pontos de mundo.
Fundados a 18 de Agosto de 1993, os ENP operam hoje na vertente da reparação e da construção naval, contando com uma equipa de 52 colaboradores altamente qualificados, que asseguram todas as fases do projecto, desde a concepção ao fabrico das [LER_MAIS]embarcações.
Depois do plano de recuperação, que decorreu em 2015, a empresa ampliou instalações, passando de seis para oito hectares, tomou balanço e hoje, detida por um investidor angolano, tem vindo a aumentar o seu volume de negócios, tendo atingido no ano passado os 5,4 milhões de euros, refere Frederico Fernandes, director de operações dos ENP.
No campo das reparações, no último ano a empresa trabalhou com embarcações portuguesas e espanholas. Na área da construção, concluiu três barcos de pesca, destinados a Angola.
No que respeita a tecnologia, os ENP têm apostado na construção em fibra de vidro, material que é de especial utilidade no mercado angolano, onde é difícil fazer reparações. Isto porque a fibra de vidro tem durabilidade superior e boa resistência, permitindo uma fácil manutenção e de custos reduzidos, justifica Frederico Fernandes.
Os ENP sublinham que a sua localização estratégica na costa oeste de Portugal e as suas instalações no porto de Peniche “beneficiam de excelentes condições de acesso ao mar”.
E consideram que a empresa é uma “referência na construção de embarcações de diversos tipos, utilizando uma vasta gama de materiais, desde compósitos até aço e alumínio”, que se traduz em 58 embarcações de pesca, 24 embarcações de passageiros, sete embarcações de trabalho, nove embarcações de pilotos, seis embarcações militares, uma doca flutuante, dois pontões e até mesmo uma carroçaria de autocarro, construídos ao longo de três décadas.