A Escola Básica 2,3 Dr. Correia Mateus, em Leiria, está encerrada devido à greve do pessoal não docente. Em causa está a falta de mais funcionários, situação “insustentável, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro.
“Há uma gravosa falta de pessoal, que coloca em causa não só a segurança das crianças e de toda a comunidade escolar, como as condições de trabalho dos assistentes operacionais, que tem levado a um absentismo recorrente”, disse Carlos Fontes, responsável pelo sector da Educação do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro.
Na escola sede do Agrupamento Dr. Correia Mateus estão colocados “dez funcionários para 630 alunos”.
“Nesta escola há uma sala multideficiência com sete alunos com necessidades educativas especiais, entre os quais quatro estão em cadeira de rodas, um desloca-se em andarilho e outro precisa de ser permanentemente acompanhado devido a convulsões e só existe um trabalhador”, apontou Carlos Fontes.
Para o dirigente, esta situação é “insustentável” e lamenta que o Ministério da Educação, não investa nas escolas. “São precisos mais 6.000 funcionários em todo o país para suprir as necessidades.”
Carlos Fontes salientou ainda que a tutela está a entregar as escolas aos municípios, pelo que “não pretende investir, passando a responsabilidade para as Câmaras, o que não vai resultar”.
“Quem paga são os trabalhadores e as crianças, pois a situação tem-se vindo a agravar e todos os inícios de ano letivo o sindicato alerta para a situação”, rematou o responsável, anunciando uma greve nacional do pessoal não docente em todas as escolas para o dia 29.