A Baleal Surf Camp, de Peniche, é uma das 17 escolas de surf de Portugal que se uniram para apoiar raparigas em São Tomé e Príncipe a praticar esta modalidade.
Estão a fazê-lo através da venda de aulas em território português, uma iniciativa do Projecto SOMA, lançado por mulheres.
De acordo com a Lusa, com a campanha O teu surf SOMA valor, a organização não-governamental (ONG) Surfistas Orgulhosas na Mulher de África (SOMA) pretende, através do surf, “empoderar as mulheres e combater a desigualdade de género, bem como a gravidez precoce em países africanos”.
A campanha passa pela venda de aulas de surf pelo valor de 20 euros junto de 17 escolas da modalidade. Até 15 de Maio, os interessados poderão adquirir uma aula por este valor, sendo que metade reverterá a favor das jovens abrangidas pelo SOMA em São Tomé e Príncipe.
Fundado pela assistente de bordo Francisca Sequeira e pela surfista de ondas gigantes Joana Andrade no final de 2020, SOMA é o quarto projecto no mundo e o segundo em África a desenvolver um programa de terapia do surf exclusivamente feminino.
O primeiro programa de terapia do surf da SOMA em São Tomé e Príncipe, realizado entre o final do ano passado e o início de 2021, estabeleceu várias iniciativas, como aulas semanais para 15 raparigas de São Tomé e Príncipe, limpeza de praias com as comunidades locais e a formação de treinadores de surf locais, recorda a Lusa.
Entre as escolas aderentes estão a Surf Clube de Viana (Viana do Castelo), Salt Flow (Praia de Ofir), Onda Pura (Matosinhos), Secret Surf School (Aveiro), iSurf (Figueira da Foz), Baleal Surf Camp (Peniche), Surf Academia (Praia Grande, Sintra), Wanted Surf School (Guincho), Clube dos Lombos (Carcavelos), Pro Surf School (Costa de Caparica), Costa Azul (Sines), Surfmilfontes (Odemira), Arrifana Surf School (Arrifana), Amado Surf School (Aljezur), e a Progress Surf School, na Ericeira, de Joana Andrade.
SOMA pretende ainda juntar-se neste Verão à iniciativa Girls On Board na organização do primeiro campeonato africano de surf com uma etapa feminina, assinalando que esta “será uma forma de cativar o interesse de uma nova geração de surfistas, motivar a existente e empoderar e lutar pela igualdade de género das mulheres através do surf”.