A Escola Superior de Saúde (ESSLei) do Politécnico de Leiria é um dos membros fundadores da Aliança Mundial para a Reabilitação (WRA) da Organização Mundial de Saúde.
A integração na WRA, uma rede global da OMS cuja missão é apoiar a implementação da Iniciativa de Reabilitação 2030, através de um conjunto de actividades, surge no seguimento da aposta da ESSLei na área da reabilitação.
“No sentido de fomentar e operacionalizar a ligação estratégica à comunidade, o estabelecimento de parcerias em termos de investigação e através de actividades de extensão, permitiu criar um verdadeiro ecossistema propício à inovação e investigação em particular na área da reabilitação. Temos hoje na escola um laboratório satélite que resulta da parceria com o ciTechCare, o aTOPLab, que dá resposta a estas dimensões, e assume uma posição estratégica de especial importância para a escola e para o desenvolvimento da sua missão”, afirmou Rui Fonseca-Pinto, director da ESSLei.
Desafios futuros
A Aliança Mundial para a Reabilitação centra-se na promoção da reabilitação como um serviço de saúde essencial que é integral para a Cobertura Universal da Saúde e para a realização do Objectivo 3 do Desenvolvimento Sustentável: assegurar vidas saudáveis e promover o bem-estar para todos em todas as idades, refere um comunicado do Politécnico de Leiria.
Sem esquecer o passado e o presente da ESSLei, Rui Fonseca-Pinto centrou-se também no futuro, destacando alguns dos desafios que se impõem, nomeadamente o papel das ordens profissionais e a relação destas com as instituições de ensino superior (IES).
Neste âmbito, estão a decorrer na Assembleia da República vários projectos de lei que visam promover a reforma regulatória das associações públicas profissionais, onde entre outros se tem discutido as limitações impostas para acesso às profissões, a obrigatoriedade de remuneração dos estágios, e também a apropriação de competências que são das IES no que respeita à definição da oferta formativa, e que advém da sua autonomia.
Importância dos estágios
“Os estágios são, e naturalmente irão continuar a ser, uma parte central da formação em saúde. O que importa aqui evidenciar, e que ficou muito claro durante os anos anteriores de grandes constrangimentos relacionados com a pandemia, é a total desvinculação formal que existe entre as entidades de saúde que recebem os estagiários, e as entidades formadoras. Esta é uma questão que tem na sua génese o próprio modelo de formação que deveria estar assente em hospitais académicos com uma relação formal com as escolas de saúde, onde estaria prevista a partilha de recursos humanos e meios técnicos. Este é o espírito dos centros académicos clínicos, e um caminho que julgo ser necessário trilhar”, defendeu o director da ESSLei.
Rui Fonseca-Pinto destacou ainda a constituição da Unidade Local de Saúde da região de Leiria, cujo grupo de trabalho está formalmente criado, onde o posicionamento do Politécnico de Leiria “será de importância central na definição do que se pretende para a saúde na região de Leiria num futuro próximo”.
A cerimónia comemorativa do 49.º aniversário da ESSLei, que se assinalou no dia 14 de Dezembro, constituiu formalmente a primeira das 50 iniciativas que serão promovidas ao longo deste ano, sob o mote “Saúde no Centro”, sendo a quinquagésima iniciativa a celebração do aniversário da escola em Dezembro de 2023.
O início da ESSLei remonta ao ano de 1973 com o ensino da Enfermagem. Em 2001 a escola passou a designar-se por Escola Superior de Enfermagem de Leiria. A integração no Politécnico de Leiria e a mudança de designação, em 2005, para Escola Superior de Saúde de Leiria, veio tornar possível o cumprimento da missão de formar na área da saúde de forma mais abrangente, abrindo a oferta formativa às Ciências e Tecnologias da Saúde.
A escola tem actualmente inscritos cerca de 1.670 estudantes em cinco licenciaturas, cinco TeSP, sete mestrados e pós-graduações e cerca de 200 docentes, contando ainda com 18 técnicos e administrativos e directora de serviços.