O Leirena Teatro, de Leiria, leva três espectáculos originais à praia fluvial do Agroal, no concelho de Ourém, no dia 10 de Agosto, no âmbito da terceira edição da iniciativa Estações Efémeras.
Com recurso a disciplinas como o circo contemporâneo – mastro e corda bamba – os artistas, em conjunto com a comunidade local, constroem várias “cenas” para uma actuação que “deambulará” pelos passadiços do Agroal, pelas margens do rio Nabão e junto às águas da nascente.
“Cinco artistas do Leirena estão no local a entrevistar as pessoas que por ali passam e vão criar cinco monólogos que serão apresentados por cinco personagens ao público. Estes cinco ‘solos’ terão ainda, como complemento, a participação da comunidade através de dois ranchos locais que apresentam as suas próprias ‘cenas’, intercaladas com as dos artistas do Leirena”, explica o director artístico do Leirena. Frédéric da Cruz Pires orientará o trabalho dos dois ranchos na construção dos seus apontamentos artísticos.
O espectáculo do dia 10 de Agosto tem início marcado para as 17 horas e terá a duração de hora e meia.
Até ao final do ano, o Estações Efémeras passará ainda pelos concelhos de Ansião e de Porto de Mós. “Até Dezembro, teremos residências artísticas para a criação dos espectáculos originais, tendo em conta os espaços onde elas têm lugar”, resume o responsável.
Em Porto de Mós, realizado na localidade da Calvaria, na primeira quinzena de Outubro e, em Ansião, está programado para o último mês do ano. “Procuramos ter um fio condutor entre os vários trabalhos que ligue a natureza, que ligue a identidade cultural local, que ligue o local exacto onde está a ser desenvolvido o solo e a própria comunidade local.”
O director artístico relaciona assim a arte com o turismo natural e o turismo artístico, num espectáculo que percorre um caminho num ambiente ainda com alguns resquícios de natureza, com vários momentos teatrais performativos: as estações. “Demos-lhes o nome de ‘efémeras’, porque toda a arte é efémera. Toda a arte tem o seu início e tem o seu fim. Seja uma música, seja uma peça de teatro. É importante que as pessoas vejam o local com outros olhos, que vejam a arte a habitar o espaço natural”, resume Frédéric da Cruz Pires.