Com 1.633 estudantes de 76 nacionalidades, o Politécnico de Leiria assinou hoje um protocolo com o Alto Comissariado para as Migrações para a abertura de um Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), inaugurado no edifício dos serviços centrais da instituição.
Segundo Rui Pedrosa, presidente do Politécnico de Leiria, o CLAIM “tem uma missão muito nobre de acolhimento de prestar informações e de apoio à integração de migrantes de forma transversal”, no caso da instituição de ensino superior, “no apoio aos estudantes que vêm em contextos de emergência”.
Recordando que o Politécnico de Leiria já recebeu alunos de contextos de conflito, nomeadamente da Síria, Afeganistão, Moçambique e, recentemente, Ucrânia, o responsável destacou o “acumular de experiência” que facilita a resposta às necessidades dos estudantes. “Quisemos que o Politécnico tivesse uma estrutura mais capaz e o CLAM vai ajudar-nos”, sublinhou, ao referir que o Politécnico de Leiria é uma “instituição de ensino superior global, multicultural, com valores importantes” e pretende, “cada vez mais, integrar de forma plena os estudantes”.
“As migrações têm sido um desafio para nós, não só as pessoas que procuram melhores condições de vida como de liberdade, mas também muitos fogem da fome e da guerra”, começou por dizer a secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues.
A governante sublinhou que Portugal tem de acolher sempre com o “respeito profundo pelos direitos humanos e, assim, ter capacidade de acolher e garantir plena integração”.
“Como o apoio deste protocolo pretendemos proporcionar serviços qualificados e apoiar nas respostas às necessidades. É dar todas as condições a vós, estudantes, não só para concluírem os estudos como para ficarem connosco na comunidade”, acrescentou.
José Reis frisou a “mais-valia” da criação de um CLAIM numa instituição de ensino superior, uma vez que fica disponível um serviço “especializado” para acompanhamento de migrantes. “Podem contar com nosso gabinete para tirarem todas as dúvidas e obter respostas”, referiu.