Embora, nesta fase de escolaridade, as explicações não sejam muito requeridas, sendo mais frequente o estudo acompanhado, também há alunos do 1.º ciclo do ensino básico a precisar dessa ajuda adicional, sobretudo na disciplina de Português, referem algumas responsáveis por centros de estudos e explicações da região.
Susete Neto é gerente do UPCentros de Estudos, com instalações na Batalha e em Porto de Mós, que tem várias valências, desde o apoio ao estudo, às explicações individuais, também o transporte colectivo de crianças e as actividades de animação durante as férias lectivas.
Do seu ponto de vista, no 1.º e no 2.º anos, as explicações [LER_MAIS]não fazem ainda muito sentido, porque se trata de um período em que “as dificuldades das crianças resultam mais de mudança de escola, da adaptação ao novo professor e às novas rotinas, do que propriamente das dificuldades na aprendizagem da matéria”. Por isso, entende que o estudo acompanhado será o mais indicado.
Não sendo tão comuns as explicações no 1.ciclo como noutras fases de escolaridade, não significa que elas não sejam requisitadas. E é sobretudo o Português que oferece mais dificuldade aos alunos destas idades, salienta.
Entendimento idêntico tem Cláudia Ferreira, gerente do centro de estudos Páginas Recheadas, de Leiria, que além do apoio ao estudo também se dedica às explicações e às actvidades durante as férias.
No 1.º ciclo do ensino básico, as explicações fazem sentido para crianças que tenham dificuldades específicas, o que nesta fase acontece sobretudo no Português. Nesses casos, é preciso treinar, fazer muitos exercício e ler, “criar hábitos de leitura que não têm”. Mas, nestas idades, o apoio ao estudo é a opção mais comum.
“Serve para lhes dar ferramentas, para saberem como estudar, como estudar com autonomia, terem métodos de estudo e de organização de trabalho”, nota a gerente.
Alunos imigrantes com dificuldades acrescidas
“Se necessário, as explicações devem começar logo. As turmas são grandes, o que se torna complicado para o professor e para os alunos. Se as crianças não tiverem esse acompanhamento extra, vão-se agravando as dificuldades. Faltam -lhes métodos de estudo e há matérias, de Matemática, por exemplo, que antes só eram dadas no 3.º ano e que agora estão a ser introduzidas no 1.º ano.”
E as explicações de Português também têm sido muito requisitadas, sobretudo por crianças imigrantes.
É esta a percepção de Vera Inácio, directora pedagógica e gerente da Academia Mais Saber (localizada na zona da estação ferroviária, em Leiria), também do centro O Mais Saber (em Almoinhas, Leiria) e ainda do ATL Pequenos Sábios (Marinha Grande), espaços que conjugam várias valências: apoio ao estudo, explicações do 1.º ao 12.º ano, formação profissional, ATL e organização de festas de aniversário.