No primeiro semestre deste ano, as exportações de componentes para automóveis ultrapassaram os 4,4 mil milhões de euros. De acordo com a AFIA (Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel), este montante traduz um crescimento de 2,6% face ao mesmo período de 2018.
Os cálculos da AFIA, feitos a partir da base de dados do Instituto Nacional de Estatística sobre comércio internacional, revelam que estes 4,4 mil milhões de euros representam um aumento de 72% face a 2010. Desde esse ano até 2012 a tendência foi de subida. Em 2013 houve uma queda nas exportações, que voltaram a subir em 2014 e assim se têm mantido desde então.
Em relação aos destinos das exportações dos componentes made in Portugal, os dados da AFIA permitem perceber que o principal é Espanha (quase 1,2 mil milhões de euros), seguindo-se a Alemanha (912 milhões), França (656 milhões) e Inglaterra (371 milhões, quebra de quase 14% face ao mesmo período do ano passado).
O conjunto destes quatro países representa 71% do total das exportações, estando os restantes 29% distribuídos por vários países europeus e outros fora da Europa, como Estados Unidos, Marrocos, China, México e Turquia.
Considerando o total do ano 2018, as exportações atingiram os 9,4 mil milhões de euros. Tal desempenho tem sido possível porque o sector é constituído por empresas com um perfil altamente tecnológico, com padrões de grande exigência e rigor.
[LER_MAIS] Segundo a AFIA, 98% dos carros fabricados na Europa têm componentes made in Portugal. Ancorada em novos clientes e novos projectos, em produtos com maior valor e em novas empresas, a par de um “forte investimento [800 milhões de euros em 2018]”, a indústria portuguesa de componentes cresceu nos últimos dez anos de forma sustentada, “a uma taxa superior à dos seus mercados”.