A produção de cutelaria na região das Caldas da Rainha “tem um marcado cunho histórico, reflectido nas vivências das suas gentes, e destaca-se nos dias de hoje pela sua produção industrial, reconhecida internacionalmente”. O sector vai estar em destaque nos dias 1 e 2 de Setembro, na segunda edição da Feira Internacional de Cutelaria Artesanal.
Durante dois dias, o Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha vai acolher expositores de cinco países (Portugal, Espanha, França, Rússia e Brasil). A organização (Lombo do Ferreiro) pretende que este evento seja “um ponto de encontro entre produtores, fornecedores e aficionados pela arte da cutelaria, na troca de experiências, mostra de peças únicas e divulgação junto da população”.
A cutelaria é uma actividade com tradição e peso em Caldas da Rainha e Alcobaça, concelhos onde se concentra a maioria das empresas. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações de cutelaria do distrito de Leiria somaram este ano (entre Janeiro e Maio) 8,3 milhões de euros, o que representa um peso de 38,3% do total nacional, que foi de 21,5 milhões de euros.
Em 2017, Portugal exportou 48,6 milhões de euros de cutelarias, 19,5 milhões dos quais assegurados pelo distrito de Leiria (40,2% do total). No ano anterior, as exportações de Leiria tinham sido de 17,9 milhões, num total de 46,2 milhões. No ano passado, os principais destinos das exportações de cutelarias do distrito foram a Alemanha (que comprou 4,4 milhões de euros destes artigos), o Canadá e a França.
[LER_MAIS] “A curiosidade pela arte de trabalhar o ferro têm aproximado gerações, surgindo na última década um número considerável de produtores caseiros de cutelaria, apoiados pela evolução das tecnologias de informação”, aponta a organização da feira.
Durante o evento o público terá a oportunidade de apreciar peças únicas de cutelaria de produção nacional e internacional, contactar directamente com os seus produtores, participar em ateliers e assistir à demonstração do processo de afiar uma lâmina.