O distrito de Leiria exportou no ano passado 81,1 milhões de euros de frutas, legumes e flores, montante que traduz um crescimento de 3,5% face aos 78,3 milhões do ano anterior, segundo dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística ao JORNAL DE LEIRIA.
Os produtos com mais peso nas vendas ao exterior são os do capítulo ‘frutas, cascas de citrinos e de melões’, com exportações de 57,2 milhões em 2021, mais 2,3% do que no ano anterior, quando somaram 55,9 milhões.
Espanha é o principal mercado, absorvendo 12,7 milhões de euros, montante que traduz um aumento de 42,5% face aos 8,9 milhões de euros de 2020.
França é o segundo maior destino das frutas do distrito: 11,3 milhões de euros, mais 46,5% do que no ano anterior.
O segundo grupo de produtos mais exportados por Leiria é o composto por produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos comestíveis, com um total de 23,2 milhões de euros, um crescimento de 8,2% face a 2020.
Também neste caso Espanha é o principal mercado, tendo no ano passado comprado 7,8 milhões de euros, mais 49,5% do que em 2020, quando comprou ao distrito 5,2 milhões de euros.
O segundo mercado mais importante é novamente França, que absorveu 7,6 milhões de euros, montante que revela uma quebra de 9,2% em relação aos 8,4 milhões de 2020.
As exportações do capítulo ‘plantas vivas e produtos de fruticultura’ são as menos significativas.
Ficaram-se pelos 672 mil euros em 2021, uma quebra de 29% em relação aos 947 mil euros do ano anterior. O principal mercado foi Espanha (312 mil euros, menos 40% do que em 2020) e o segundo foi França.
Segundo a Portugal Fresh, o sector das frutas, legumes e flores vale 3841 milhões de euros (um crescimento de 17% face a 2020) e representa cerca de 40% de todo o sector agrícola português.
Em 2021 as exportações destes produtos “ultrapassaram pela primeira vez a barreira dos 1700 milhões de euros, atingindo o valor mais alto de sempre”: 1731 milhões de euros.
Esta semana (de terça até hoje, quinta-feira), a Portugal Fresh está na Fruit Logistica, em Berlim, para promover as frutas e legumes portugueses.Marcam presença cerca de 30 empresas, associações e parceiros.
“Numa altura em que os produtores se confrontam com uma escalada dos preços da energia, combustíveis e matérias-primas, a Portugal Fresh acredita que a promoção internacional assume maior relevância e pode contribuir para a valorização dos produtos nos mercados externos”, expõe a associação.
“Regressamos a Berlim num contexto difícil. Estamos ainda em pandemia, vivemos os efeitos da seca e assistimos à escalada do conflito na Ucrânia. Neste momento é mais importante do que nunca defender a distribuição equilibrada do valor na cadeia alimentar. Os produtores devem ser justamente remunerados pelo seu trabalho”, afirma Gonçalo Santos Andrade, presidente da Portugal Fresh, citado em nota à imprensa.
“As sucessivas participações da Portugal Fresh em certames internacionais nos últimos dez anos ajudaram as empresas portuguesas a crescer no mercado externo e a valorizar mais a sua produção. Assim, face à escalada de preços dos factores de produção, valorizar o que produzimos fora de Portugal é também uma forma de aumentar o valor dos nossos produtos”, adianta.