Em 2017 as exportações nacionais de bens totalizaram 55.029 milhões de euros, o que corresponde a um aumento nominal de 10% face ao ano anterior. Já as importações aumentaram 13,1%, tendo totalizado 69.489 milhões de euros.
Significa isto que a balança comercial atingiu um saldo negativo de 14.460 milhões de euros, “o que representa um aumento do défice em 3.075 milhões de euros face ao ano anterior”, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística sobre o comércio externo, divulgados esta segunda-feira.
No que se refere a Leiria, também subiu as exportações, em 6,5%. No ano passado as vendas do distrito ao exterior somaram 2.165 milhões de euros, mais 132 milhões de euros do que em 2016. As exportações da região pesam 3,93% no total nacional e Leiria é o sexto distrito mais exportador, atrás de Lisboa, Porto, Aveiro, Braga e Setúbal.
Com um total de 534,8 milhões de euros, o grupo constituído pelas máquinas e aparelhos (onde se incluem, entre muitos outros artigos, os moldes) é o que mais pesa nas exportações do distrito. Já assim era em 2016.
Segue-se o grupo de produtos plásticos e borrachas, com um total de 369,3 milhões de euros, e em terceiro lugar surge o grupo dos minerais e minérios, que exportou 358,6 milhões de euros. O top five fica completo com o grupo dos metais comuns (242,3 milhões de euros) e com os produtos alimentares (163 milhões de euros).
Analisando as importações do distrito (que subiram 13,8%), o grupo de produtos com maior peso é também o das máquinas e aparelhos (que inclui tudo o que sejam equipamentos eléctricos, como máquinas das mais diversas categorias, por exemplo). Foi importado um total de 342,6 milhões de euros.
À semelhança do que se passa na exportações, também nas importações o segundo grupo mais importante é o dos plásticos e borrachas, com um total de 331,9 milhões de euros. O terceiro grupo de produtos mais importados pelo distrito é o dos produtos agrícolas (247,7 milhões de euros). A balança comercial do distrito mantém-se positiva, em 476 milhões de euros, ligeiramente abaixo dos 550 milhões de 2016.
Também a nível nacional as máquinas e aparelhos se mantiveram como o principal grupo de produtos exportados e importados. Contudo, a maior subida nas exportações foi no grupo dos veículos e outro material de transporte. Já as importações cresceram sobretudo no grupo dos combustíveis minerais, explica o INE.
Os principais clientes e fornecedores externos de bens a Portugal continuaram a ser Espanha, França e Alemanha, que em conjunto representaram quase metade das exportações (49,1%) e mais de metade das importações (53,3%).
[LER_MAIS] “O maior défice comercial manteve-se com Espanha e o maior excedente passou a ser com os Estados Unidos, enquanto no ano anterior foi com o Reino Unido que Portugal registou o maior excedente da balança comercial”, aponta o instituto.
Também para o distrito de Leiria Espanha continua a ser o principal parceiro comercial. As exportações para o país vizinho totalizaram 650,9 milhões de euros, enquanto as importações somaram 599,7 milhões. Ou seja, ao contrário do que se passa a nível nacional, a balança comercial de Leiria com este mercado é positiva, em 51,2 mihões de euros.
França e Alemanha são o segundo e o terceiro parceiros mais importantes, tanto nas exportações como nas importações. As vendas somaram no ano passado, respectivamente, 343,8 e 286,2 milhões de euros. Já as compras ascenderam a 181,9 e a 140,4 milhões de euros, segundo dados do INE fornecidos ao JORNAL DE LEIRIA.