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O Grupo GLN, sediado na Maceira, em Leiria, entendeu há cerca de dois anos perspectivar o fabrico aditivo numa lógica exploratória da inovação e foi nesse sentido que elaborou vários projectos de investimento, explica Miguel Machado, director financeiro e administrador do grupo. O objectivo foi perceber qual seria a viabilidade da tecnologia quando aplicada à indústria de moldes.
Os projectos relacionados com produção aditiva começaram por envolver duas das três empresas do grupo, as que se dedicam ao desenvolvimento e fabrico de moldes: GLN Molds e Famolde. “Quisemos tentar perceber se esta tecnologia era compatível com o normal processo produtivo dos moldes”, refere o administrador.
E nesse âmbito foram desenvolvidos três projectos: Additive.Milling, Additive.Colling e CoolGrafeno. “Todos eles estão orientados para o fabrico aditivo e resultam de parcerias estratégicas entre o grupo, a Universidade de Coimbra e o IPLeiria”, nota Miguel Machado.
Actualmente em fase intermédia, estes projectos apresentam já algumas conclusões: “O fabrico aditivo pode ser uma forma de produção complementar à fabricação convencional por subtracção. Não é uma tecnologia adaptada para grandes volumes, mas pode ser uma tecnologia que vá complementar alguns processos nas unidades fabris”, realça Miguel Machado.
Posteriormente, o grupo entendeu, através da GLN Plast e da GLN Molds, participar no projecto mobilizador Add.Additive, que é mais abrangente, envolve mais unidades de investigação e mais empresas.
“Esperamos que este nos dê conhecimentos adicionais, para melhorar a aplicação desta tecnologia nos processos de fabrico de moldes. Consideramos que o fabrico aditivo poderá ser importante na melhoria dos processos actuais e podemos considerar que, eventualmente numa fase mais madura, poderá ser importante para incorporar em produtos do domínio da aeronáutica, da medicina e outros”, realça o administrador.
[LER_MAIS] “Mas há uma questão. Não existe nenhuma norma europeia que se aplique à composição das ligas metálicas. Tem de haver normalização e certificação internacional das ligas, sob pena de produzirmos algo através de fabrico aditivo, que do ponto de vista dos critérios de durabilidade e de resistência, possa não ser compatível com o que é desejado”, explica Miguel Machado.