As falhas na recolha de lixo em Porto de Mós estão a motivar queixas entre a população e autarcas. A situação levou já a câmara a enviar uma exposição à Rodolixo – empresa, que, desde o início do ano presta o serviço – a exigir a reposição da “normalidade”, sob pena de accionar os mecanismos de penalização previstos no contrato.
O assunto foi debatido na última reunião de câmara, na qual Rui Marto, vereador do PS, denunciou a “degradação” do serviço. “É difícil percorremos cinco quilómetros sem encontrar lixo acumulado junto aos contentores”, critica, sublinhando, que além das deficiências na recolha, também “não é feita a higienização” dos caixotes com a “devida regularidade”.
“O que se está a passar não é aceitável”, afirmou o socialista, alegando que a câmara “não se pode demitir das suas responsabilidades” e que deve pugnar pelo cumprimento das “regras contratuais. “Se tivermos de aplicar penalizações, apliquem-se. Se tivermos de mudar [de operador], mude-se. Bem sei que não podemos ficar ‘descalços’ de um dia para o outro, mas não podemos continuar como está”, defendeu.
Em resposta, Eduardo Amaral, vereador do Ambiente, referiu que o município tem vindo a fazer diligências junto da Rodolixo, empresa à qual a câmara entregou o serviço na sequência do concurso público internacional, exigindo a correcção das falhas que têm vindo a ser identificadas. O também vice-presidente da câmara entende, no entanto, que o município tem de ser cauteloso, “para não perder o que tem”, lembrando que há um processo litigioso a correr termos no tribunal, movido pela Suma, empresa que ficou em segundo lugar no concurso e que apresentou contestação.
A par das falhas na recolha do lixo urbano, Rui Marto denunciou a falta de resposta para a deposição de resíduos de construção, também prevista no contrato.
Já Leonardo Sousa, morador em Arrimal, queixa-se de falhas na recolha de monos. “O tempo que a empresa demora é inexplicável”, diz, contando que, no dia 2 de Julho solicitou a recolha de dois colchões, através do número de telefone disponibilizado para o efeito, mas “um mês e meio depois” continuam junto a contentores de lixo onde foram depositados. “Repeti os contactos, mas até agora nada feito”, critica o munícipe, que lamenta ainda “a irresponsabilidade de certos cidadãos” que largam este tipo de resíduos no espaço público.
Contactada pelo JORNAL DE LEIRIA, a Rodolixo remeteu esclarecimentos para mais tarde