Quem, no fim-de-semana de 9 e 10 de Julho, se dirigiu ao posto de turismo de Leiria deparou-se com as instalações fechadas. Na porta, havia uma mensagem a justiçar o encerramento com “motivos de força maior”. Esta não é, no entanto, a primeira vez que tal acontece e não é caso único na área de abrangência do Turismo do Centro de Portugal, que explica a situação com a “grave escassez de mão-de-obra” que afecta a actividade turística, “não só nas áreas da restauração, hotelaria e animação turística, como também as entidades públicas do sector”.
“A Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal não é imune a esta dificuldade e debate-se igualmente com a falta de recursos humanos”, alega o organismo presidido por Pedro Machado.
No esclarecimento enviado ao JORNAL DE LEIRIA, é reconhecida a existência de “dificuldades acrescidas nos postos de turismo, havendo situações pontuais, em alguns fins-de-semana, em que não é possível garantir a abertura” dos espaços por falta de trabalhadores. “Esta situação, infelizmente, não acontece apenas no posto de turismo de Leiria”, admite o Turismo do Centro de Portugal.
“Consciente da gravidade” da situação, a organização “já deu conhecimento dela a quem de direito” e tem previsto para o próximo ano “um acréscimo orçamental para a contratação de recursos humanos, especificamente para os postos de turismo”. No entanto, esse reforço “ainda não foi confirmado”, pelo que, é possível que os encerramentos pontuais “continuem a acontecer”.
Esta situação surge num momento de recuperação da actividade turística depois de dois anos difíceis devido à pandemia. “Dados provisórios do INE [Instituto Nacional de Estatística], relativos a Maio deste ano, mostram que a região de Leiria registou 50.069 dormidas, o que representa uma subida de 119,25% em relação a Maio do ano passado. É a segunda maior subida na região [Centro], apenas atrás do Médio Tejo”, realça o Turismo do Centro.