Comprar casa no centro de Leiria pode revelar-se tarefa difícil. A oferta é escassa para um nível de procura que tem vindo a crescer, impulsionada pela abertura da banca em conceder crédito e por uma tendência de mudança de paradigma, que privilegia a centralidade e a boa localização.
“Apartamentos novos, de construção recente, no centro da cidade, não há praticamente nada”, assegura Luís Costa. O gerente da Cardeira e Costa frisa ainda que “também já não há usados a muito bom preço”, cenário a que as pessoas “estavam habituadas” há não muito tempo.
Recentemente, teve conhecimento de um T3 remodelado, na Avenida Marquês de Pombal, num prédio com 12 anos, que só esteve no mercado três dias. Foi vendido por cerca de 140 mil euros.
Para um outro apartamento remodelado, na urbanização sobranceira ao edifício da EDP da Ponte Hintze Ribeiro, apareceu comprador ainda as obras decorriam. Este, um T2 com garagem dupla, foi transaccionado por cerca de 130 mil euros. “Tudo o que aparece no centro da cidade vende- -se num instante, desde que os preços sejam ajustados”, explica o mediador.
Na zona histórica da cidade, novos projectos poderão em breve surgir. Para já, estão em obra para receber habitação, por exemplo, e entre outros, o edifício da antiga Moagem, bem como o edifício do antigo café Colonial. Neste, segundo foi possível apurar, os seis apartamentos estão já vendidos. Os mais baratos rondam os 220 mil euros.
Num outro prédio em obra, na envolvente da zona histórica, quatro dos oito apartamentos também já estão vendidos. De tipologias T3 e T4, custam à volta de 350 mil euros. “Há procura, os bancos estão a financiar, mas falta oferta”, diz igualmente Estefânio Martins, adiantando que não há habitação nova disponível.
“Historicamente, não houve recuperação para venda no centro da cidade, só agora começa a surgir”, adianta o responsável pela Petrodomus. Quanto aos usados, “também não há muita oferta”. Esta agência não tem nenhum em carteira para vender neste momento.
“Foi-se esgotando o pouco que havia”, afirma Nuno Serrano. Apartamentos novos não há, “semi-novos ou usados a precisar de obras também não”, adianta o responsável pela Predial Leiriense. Mas como há “uma procura enorme e crédito” por parte dos bancos, “têm-se vendido moradias nos arredores”. Mas também neste segmento não há muita oferta de produto novo, e os preços “não são para todas as bolsas”.
Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.