Quarenta e dois anos depois da marcha do povo de Ferrel contra a construção de uma central nuclear naquela freguesia de Peniche, que marcou o início dos protestos em Portugal contra este tipo de energia, a Junta de Freguesia local fez recentemente o pedido de registo ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial da marca “Ferrel Capital da Luta Contra o Nuclear.
O objectivo é distinguir a população local pela “sua união e mobilização face à ameaça do nuclear” em Portugal. “O povo de Ferrel impediu que o nosso futuro fosse embargado e isso tem de ser relembrado para sempre”, alega Pedro Barata, presidente da Junta de Ferrel, no documento que serve de sustentação ao pedido de registo, baseado no “movimento social protagonizado por este povo”, que faz parte do seu “património histórico” e “memória colectiva”.
A iniciativa, que conta com o apoio da PATRIMONIUM – Centro de Estudos e Defesa do Património da Região de Peniche, e da Associação ProFerrel, acontece num ano em passam 40 anos do 1º Festival pela Vida e Contra o Nuclear, realizado, em 1978, em Ferrel e Caldas da Rainha e que juntou activistas portugueses e estrangeiros.
Para assinalar a data, no próximo dia 4 de Agosto, haverá uma caminhada entre o Largo da Nossa Senhora da Guia, em Ferrel, até ao local onde seria instalada a central nuclear.