Já começou a adaptação do Posto Aquícola de Campelo, em Figueiró dos Vinhos. A candidatura, aprovada pelo Quadro Portugal 2020, integra o Plano de Gestão Integrada da Ribeira de Alge e tem em vista ao posterior repovoamento sustentável dos cursos de água da região.
Trata-se de um investimento total de 1.081.747,73 euros e conta com um apoio financeiro de 75%, no valor de 811.310,81 euros, que servirá para produção, gestão e conservação de trutas assilvestradas.
Estão já em execução os trabalhos e estudos científicos que sustentam o projecto, a cargo da Universidade de Évora e do MARE-Centro de Ciências do Mar e do Ambiente.
Os investigadores têm desenvolvido, entre outros, “os trabalhos de monitorização do estado actual das populações de truta-de-rio e do respetivo habitat, ao longo da ribeira de Alge”, avança a autarquia de Figueiró dos Vinhos, em comunicado.
O trabalho técnico-científico realizado até ao momento tem-se baseado na realização de “amostragens de trutas, com recurso a pesca eléctrica, em 15 estações situadas entre a povoação de Alge, a confluência da ribeira com a albufeira de Castelo de Bode, na avaliação do habitat e de eventuais condicionantes à sobrevivência das trutas nesta área”.
Ao mesmo tempo, pretende-se “avaliar o comportamento destes animais na ribeira de Alge, através da marcação de trutas com radiotransmissores que permitem a sua localização ao longo na ribeira”.
Os trabalhos iniciaram-se no início do mês de Outubro e tem um prazo de execução de 300 dias. Prevê-se uma intervenção de fundo nas infraestruturas do Posto Aquícola de Campelo e a instalação de equipamento específico, com vista à sua adaptação e modernização para a criação de trutas assilvestradas.
O Posto Aquícola de Campelo será também um espaço de visitação para estudantes, visitantes, turistas e comunidade científica em geral.