O incêndio que lavra no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, no concelho de Porto de Mós, desde domingo está “praticamente extinto”, afirma o presidente do Município de Porto de Mós, João Salgueiro.
O autarca acrescenta que se registam “pequenos focos de reacendimento, em pequenas zonas circunscritas, que não foi possível aos meios aéreos apagar na totalidade”.
Espera-se, por isso, uma “noite mais calma, mas ainda com bastante vigilância”.
Às 21:24, a página da Protecção Civil classificava o incêndio como em fase de resolução.
A esta hora estavam no local 216 operacionais, apoiados por 68 meios terrestres.
O Plano Distrital e Municipal de Emergência e Protecção Civil tinha sido activado.
Este incêndio chegou a colocar casas em risco durante a madrugada, quando o vento mudou de direcção.
Por precaução, um grupo de jovens que se encontrava numa colónia de férias na Quinta da Escola, em Alvados, em Porto de Mós, foi levado para o Centro de Ciência Viva do Alviela, no distrito de Santarém, tendo regressado a Alvados ao final da manhã.
“Desde as 00:00 de hoje, o país regista já um total de 157 ocorrências de incêndios florestais. Destas 157, temos neste momento 18 ocorrências ativas, a maior parte delas são ocorrências ainda numa fase inicial, sem expressão preocupante neste momento”, indicou a adjunta de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) Patrícia Gaspar, num briefing desta entidade em Oeiras, distrito de Lisboa.
Pelas 19:00 de hoje, a Protecção Civil estava a monitorizar “mais de perto” a situação de sete incêndios florestais nos distritos de Castelo Branco, Leiria, Viseu, Viana do Castelo e Braga, “com uma importância um pouco mais elevada fruto das áreas onde deflagraram e também do número de meios [de combate] que já concentram”.
“Uma das ocorrências que acompanhamos com mais pormenor é o incêndio em Porto de Mós, em Leiria”, que deflagrou pelas 17:00 de domingo, avançou Patrícia Gaspar, referindo que grande fase do perímetro deste fogo se encontra em fase de resolução, embora com algumas reactivações.
Sobre o registo de feridos no âmbito dos fogos, Patrícia Gaspar declarou que desde 10 de agosto e até hoje houve 90 pessoas assistidas, 136 feridos, dos quais 128 feridos ligeiros e oitos feridos graves, e uma vítima mortal – o piloto do helicóptero que combatia os fogos.
Esta morte soma-se às 64 registadas na sequência do incêndio que deflagrou em junho em Pedrógão Grande.
“O risco de incêndio mantém-se máximo e muito elevado em diversos pontos do país, designadamente nas regiões Norte, Centro e Algarve”, afirmou Patrícia Gaspar.
Neste sentido, o estado de alerta vermelho vai manter-se em 15 distritos do território continental português, enquanto os distritos de Évora, Lisboa e Setúbal vão manter o alerta laranja.
Jornal de Leiria/Agência Lusa