Sexta-feira, 10 de Março. Pelas 14:30 horas, ultimam-se os preparativos para mais uma acção de fogo controlado no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC). Desta vez, em pleno Planalto da Mendiga, no concelho de Porto de Mós, onde, há cerca de dois meses, tinha sido desenvolvida uma intervenção semelhante.
O objectivo é reduzir o risco de incêndio no Verão com recurso a chamas controladas durante o Inverno. Como? Já lá iremos.
Com a viatura e os homens dos bombeiros de Porto de Mós estrategicamente colocados, Nuno Silva Marques, técnico do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), faz uma última monitorização, analisando o nível de humidade e a velocidade e orientação do vento. Já antes, havia sido decidido reduzir a faixa a intervir.
Com o calor que se faz sentir naquela tarde, “é melhor não correr riscos”, explica Maria de Jesus Fernandes, directora do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo no qual está integrado o PNSAC. Quando tudo está a postos, dá-se a ordem para atear as chamas.
Em menos de dois minutos, o incêndio ganha força. Um pequeno foco haveria mesmo de passar para o outro lado da estrada, mas foi prontamente debelado. Cerca de 15 minutos depois, estavam consumidos perto de 3.200 metros quadrados de mato, dando-se por concluída mais uma acção de fogo controlado naquela área protegida, onde, há mais de 20 anos, é utilizada esta estratégia de gestão florestal.
Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.