Elementos da PSP e da GNR, a que já se juntaram guardas prisionais, têm estado juntos em vigílias diárias por melhores salários e por um subsídio de risco com um valor idêntico ao que foi dado à Polícia Judiciária.
A contestação dos agentes da PSP e dos militares da GNR teve início após o Governo ter aprovado em 29 de Novembro o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que não tem equivalente nas restantes forças de segurança e, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês.
Os protestos dos polícias começaram de forma espontânea há cerca de uma semana e estão a ser organizados através de redes sociais.
“Estamos no oitavo dia de luta sem parar. As carreiras não estão a ser valorizadas. O senhor ministro diz que houve um aumento de 32,6% das remunerações nas forças de segurança desde 2015, o que não é verdade”, assume Rui Gaspar, da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia e dirigente da zona Centro.
Além de contestar a percentagem que, garante, não se traduziu no ordenado e suplementos de todos os polícias, Rui Gaspar salienta que são números que nem sempre cobrem a inflação.
“É mais uma vez o senhor ministro a ser malabarista com os números”, critica, ao assegurar que os representantes dos polícias não vão aceitar qualquer proposta do Governo para o subsídio de risco que seja abaixo dos valores da PJ.
Os agentes da PSP têm-se concentrado diariamente em frente à Câmara de Leiria e, na quinta-feira passada, pararam durante meia-hora em frente ao Comando Distrital da PSP.
Num protesto silencioso, os polícias têm tido o apoio de oficiais – que já se juntaram em algumas acções – e de comandantes. No domingo, vestidos de negro, os polícias cantaram o Hino Nacional no jogo União de Leiria – Santa Clara.
Entretanto, a plataforma que junta vários sindicatos da PSP e associações da GNR vai organizar uma concentração no Largo do Carmo, seguida de um desfile até à Assembleia da República, no dia 24 de Janeiro.