A Frubaça está a concluir um investimento de cinco milhões de euros que lhe permitiu aumentar a produção de sumos e passar a fabricar novos produtos, por um lado, e modernizar e automatizar a central fruteira, por outro. No próximo ano, a cooperativa de Alcobaça tem como objectivo a construção de uma nova central para armazenar a fruta produzida pelos sócios.
Jorge Periquito explica que o investimento visou a expansão da capacidade de produção de sumos (produzidos com recurso à preservação por alta pressão a frio) de olhos postos sobretudo no mercado americano, que é um dos que mais têm crescido.
Este país está entre os cerca de 20 para onde a Frubaça exporta sumos, embora não seja o principal. Esse lugar é ocupado pelo Reino Unido, a que se segue Espanha.
“Registam-se novas tendências por parte dos consumidores, que andam à procura de coisas novas e diferentes”. A empresa tem apostado em antecipar as tendências do mercado, lançando sumos com novos sabores, recorrendo para tal a ingredientes como o gengibre ou a pimenta cayenne.
Recentemente foi lançado em Inglaterra um shot à base de carvão vegetal, exemplifica o empresário. Na área dos sumos, a empresa tem actualmente cerca de mil referências diferentes, mas nem todas estão à venda no mercado nacional.
Jorge Periquito adianta que o investimento contemplou também a instalação de novos equipamentos, que permitem à empresa de Alcobaça começar a produzir novos artigos, como leite de amêndoa.
[LER_MAIS] “É um produto em que estamos a apostar, porque as questões da lacto-intolerância são cada vez mais prementes e as pessoas estão a virar-se para este tipo de produtos”, justifica Jorge Periquito.
O investimento incidiu ainda na central fruteira, em Acipreste, nomeadamente em aspectos como modernização e robotização, além do aumento da capacidade. Apesar disso, o espaço, com uma capacidade de frio na ordem das cinco mil toneladas, continua a ser insuficiente para albergar toda a produção dos sócios, que tem rondado as dez mil toneladas. Por isso, para o ano que vem um dos objectivos é a construção de uma nova central, com capacidade para seis mil toneladas de frio.
Lojas próprias: estar próximo do consumidor
Além da produção de sumos e da comercialização de frutas, a Frubaça mantém a sua aposta na rede de lojas próprias com a insígnia Copa, que conta já com 15 espaços. O 16.º vai abrir em Pataias, concelho de Alcobaça, dentro de aproximadamente um mês.
“É um negócio que achamos importante por vários aspectos, como a proximidade entre a produção e o consumidor, que cada vez mais a quer. Encurtando os trajectos da produção até à loja conseguimos produtos mais frescos, e de alta qualidade, a preços mais competitivos”, aponta Jorge Periquito.
Em actividade desde 1992, a cooperativa Frubaça obteve no ano passado um volume de negócios na ordem dos 18 milhões de euros. Para este ano, o empresário espera chegar “muito próximo” dos 20 milhões. Na época de maior actividade, que coincide com o final do ano, a empresa dá trabalho a cerca de 250 pessoas; no resto do ano são 150.