Horas depois da passagem do Furacão Leslie na Praia da Vieira, no concelho da Marinha Grande, o rasto da destruição era mais que visível em restaurantes, casas, apoios de praia e até no edifício da Polícia Marítima.
Na viagem entre Leiria e Praia da Vieira,muitas foram as árvores tombadas, partidas e arrancadas encontradas, num cenário de pura destruição.
O JORNAL DE LEIRIA deslocou-se à Praia da Vieira horas depois do Furacão Leslie e, além dos mirones que decidiram ir observar os estragos, muitos proprietários limpavam e tentavam reparar o que ainda é possível fazer, após a passagem de ventos com velocidades acima dos 100 quilómetros por hora.
"Parecia o fim do mundo. Nunca vi nada assim." As frases são de Sandra Moreira, uma moradora com casa em frente à praia, cujos vidros foram destruídos por objectos que voaram, e até a parede da casa apresentava buracos.
A lota da venda de peixe está totalmente destruída e ao longo de toda a marginal, os destroços da fúria do vento acumulam-se.
Dois bares de praia ficaram destruídos, de uma sapataria calçado e armários espalharam-se pelas ruas envolventes, depois dos vidros terem sido partidos, após a colisão de objectos arrancados de outros edifícios.
Os bombeiros não têm mãos a medir. Num prédio, as varandas desapareceram ou estão danificadas com pedaços de alumínio que terão sido arrancados de outros locais. A fúria do vento, como muitas pessoas constataram, também não poupou as instalações da Polícia Marítima.
Telhado e paredes foram arrancadas do posto da Praia da Vieira.
O hotel Cristal também sofreu danos. O Leslie partiu "uma vidraça, a sacada de um bar em vidro, várias estruturas de madeira", destruiu parte da piscina coberta do hotel e provocou danos no parque aquático.
A electricidade e a água ainda estão a ser repostas em vários pontos da freguesia.
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