Fechada que está a reestruturação financeira nas áreas da comunicação social, turismo, indústria, automóveis e ambiente, um dos pontos principais do plano estratégico para 2019 é a diminuição da dívida financeira e a conclusão da reestruturação do negócio da construção.
Depois, há que fechar o acordo para soluções de parcerias financeiras que permitam à Lena (futura NOV Construções) ficar menos dependente da necessidade de garantias bancárias e, assim, retomar a actividade nos países onde elas são exigidas. É o caso do Equador, onde tem um obra de 300 milhões parada por falta deste documento.
Outra aposta é a diversificação de mercados, mas também a consolidação de alguns onde já marca presença. Está previsto o início de duas obras no México e de uma no Cazaquistão no primeiro trimestre de 2019, e o arranque de outra na Bolívia, no primeiro semestre.
Joaquim Paulo Conceição espera que avance igualmente uma obra na Venezuela, na ordem dos 90 milhões de dólares, financiada por uma entidade externa, o que permitirá à Lena facturar no ano que vem pelo menos 30 milhões de dólares. Na Argélia, mercado que tem estado “calcinado pela inexistência de garantias”, o CEO espera que as obras em curso avancem e que a facturação possa atingir 50 milhões de euros.
Do plano estratégico do grupo faz igualmente parte uma “aposta muito importante” noutras áreas de negócio, como o ambiente. “Queremos crescer na área dos aterros e multiplicar a nossa capacidade de recepção, quer nos resíduos industriais quer nos urbanos”.
[LER_MAIS] Também a produção de energia, quer eólica quer fotovoltaica, merece atenção redobrada. “Temos novos projectos em fase de aprovação. Um deles, para a produção de energia eólica, investimento na ordem dos 20 milhões de euros, contamos iniciá-lo ainda no ano que vem”.
Na área industrial também se aposta no crescimento, com as expectativas de facturação a apontar para os 40 milhões de euros. Esta actividade tem gerado sinergias e sido uma mais-valia para o grupo, reconhece o CEO. “Uma das coisas que nos tem permitido sobreviver tem a ver com o facto de não dependermos de fornecedores de matérias-primas para as construções”.