Nesta modalidade clássica do País, a região tem vários conjuntos de nível. A começar no Hóquei Clube de Turquel, há muito está implantado no escalão principal, mas também o Alcobacense, que está este ano de regresso ao segundo patamar.
No entanto, a verdade é que após o que aconteceu na temporada transacta, todas as atenções estão viradas para o clube da Embra.
E porquê? Apesar de a equipa orientada por Tiago Sousa ter como principal objectivo criar raízes naquele degrau, com uma prestação superlativa chegou às últimas jornadas com francas possibilidades de subir de divisão.
E só uma polémica derrota frente ao Grândola cessou com quaisquer esperanças de um regresso à elite, onde já esteve em duas ocasiões.
Ora, se não foi no ano passado, adeptos e massa associativa esperam que seja este ano. O próprio treinador está ciente dessa pressão e só pede que quem está de fora seja um verdadeiro sexto jogador e que empurre a equipa para cima dos adversários.
“Deixámos a fasquia muito alta, mas estamos com a mesma dedicação e vontade. As pessoas têm esperança que cheguemos pelo menos ao playoff e ambição não nos falta. Estamos mais fortes, os jogadores que chegaram trazem mais qualidade, mas não vai ser fácil, porque as principais equipas reforçaram-se muito bem. Em Maio logo veremos se somos, ou não, candidatos.”
A palavra pressão não condiciona minimamente o conjunto. O treinador considera, até, estimulante ter metas definidas. “Há uma grande tranquilidade e isso é o mais importante. Mas o desporto torna-se interessante é com pressão e o grupo de trabalho quer algo mais. Para jogar por jogar, juntava um grupo de amigos e fazia uns treinos”, sublinha Tiago Sousa.
[LER_MAIS] Nos anos noventa do século passado, o Sporting Marinhense era um nome de relevo no hóquei em patins nacional. Após um período complexo, tem vindo a estabilizar e quer agora recuperar o respeito de todos.
“Ainda há muito por crescer e a Direcção tem feito um esforço muito grande para melhorar o apoio à equipa. Não tenho razões de queixa, mas sou ambicioso e estou sempre a pedir mais e melhor. Não é para mim, é para o bem do próprio clube”, afirma o treinador.
Agora é hora de ganhar, com nota artística e muitos golos de preferência, “veloz, dinâmico e intenso” como na temporada transacta, para cativar mais e mais pessoas e assim tornar o pavilhão da Embra num inferno para os adversários.
“No fundo, queremos melhorar a nossa performance e os 54 pontos alcançados em 2016/17. Se vai ser suficiente para a subida não sei, mas temos esperança de pôr o Sporting Marinhense na 1.ª Divisão.”