Os resultados de um inquérito da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), revelados esta terça-feira, revelam que os incêndios do passado mês de Julho vão obrigar ao pagamento de indemnizações num total estimado em oito milhões de euros e que o maior número de sinistros participados se registou no distrito de Leiria.
Segundo as conclusões do inquérito aos associados, divulgadas pela agência Lusa, a quase totalidade dos prejuízos reportados relativos aos incêndios ocorridos durante a vigência do estado de contingência e alerta decretado em Julho, diz respeito a seguros de multirrisco, tanto de comércio e indústria (49%) como de habitação (37%).
Dados do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indicam que os cinco maiores incêndios deste ano ocorreram todos no mês de julho, sendo o que consumiu mais área foi o que deflagrou no concelho de Murça, Vila Real, em 17 de julho (7.058 hectares). Segue-se o incêndio de Pombal, distrito de Leiria, com 5.126 hectares de área ardida (em 08 de julho).
Em terceiro lugar o incêndio de Chaves, Vila Real, de 15 de julho, com 3.368 hectares ardidos, depois Carrazeda de Ansiães, Bragança, em 07 de julho, com 3.330 hectares ardidos, e Ourém, Santarém, também em 07 de julho, que consumiu 2.936 hectares.
“A situação que o País atravessou recentemente, e a frequência cada vez maior dos eventos climáticos que estão na sua origem, reforçam a importância do seguro enquanto elemento de mitigação das perdas sofridas e fator de estabilidade da vida das pessoas e das empresas”, afirmou o presidente da APS, José Galamba de Oliveira, em comunicado.