O Conselho Coordenador do AJSIM – Movimento de Cidadãos Eleitores Independentes, de Porto de Mós, deliberou, por unanimidade, não ter uma lista independente nas próximas eleições autárquicas no concelho nem apoiar qualquer partido ou coligação partidária concorrente às eleições autárquicas.
Segundo um comunicado enviado pelo AJSIM e assinado pelo coordenador, Albino Januário, o movimento deixará “à livre iniciativa dos seus membros, a possibilidade de integrarem e ou apoiarem, de forma individual e independente alguma das forças políticas concorrentes ao próximo acto eleitoral”.
Memso assi, o AJSIM promete continuar atento ao desenrolar da vida política local, “como Movimento de Cidadãos Independentes disponíveis para analisar e emitir opinião sobre o evoluir da governação no Concelho e exortar ao surgimento de movimentos independentes no concelho”.
A decisão surgiu após uma reunião do Conselho Coordenador do Movimento de Cidadãos Eleitores Independentes, no dia 29 de Abril, com o objectivo de analisar a situação política actual no município e o desempenho do actual Executivo municipal além de reflectir sobre a posição política que o deveria assumir nas próximas eleições autárquicas.
Da reunião, emergiu uma análise positiva do trabalho feito pelo movimento independente, “praticando de forma, muitas vezes estoica face às condições adversas, uma oposição livre, destemida, construtiva e responsável”.
O AJSIM considera que o actual Executivo “governou com um propósito quase único de, através de acções de propaganda e alienação de alguns sectores da sociedade do concelho, assegurar a sua reeleição. Grande parte das suas ações visaram um fim próprio e não uma melhoria da vida dos cidadãos.”
Critica a estratégia de deixar em “banho-maria investimentos e programas estruturantes e fundamentais para o desenvolvimento do Concelho, como a ALE, o Saneamento Básico, a revitalização urbana e industrial de Mira de Aire, a fixação de pessoas no concelho ou a central, sendo que herdou a quase totalidade destes investimentos já viabilizados e alguns já em desenvolvimento real”.
O AJSIM conclui que “Chegados a finais de Abril e sendo que o contexto neste domínio continua confuso, suscitando dúvidas que por si só, comportam riscos que contribuem para desmotivar os cidadãos mais prudentes. Talvez por essa razão, não surgiu uma candidatura suficientemente mobilizadora do Movimento AJSIM à Câmara Municipal, à Assembleia Municipal e às Assembleias de Freguesia do concelho de Porto de Mós.”