As inundações que se registaram nos dois túneis na Marinha Grande não se deveram à falta de prevenção, assegurou o presidente da Câmara, na última reunião de executivo.
Segundo explicou Aurélio Ferreira, não era possível fazer muito mais face à quantidade da chuva que caiu, tendo em conta que aquelas zonas têm “problemas estruturais há muitos anos”.
“Fizemos a prevenção que foi possível. Tendo em conta os alertas da Protecção Civil encerrámos os túneis quando se previa maior precipitação”, adiantou o autarca, ao explicar que contou com a colaboração da PSP e dos bombeiros para impedir a circulação nos túneis.
“Posso contar-vos uma situação que ocorreu na minha presença: no túnel debaixo da Estrada dos Guilhermes, estava com o comissário da polícia e com o comandante dos bombeiros e apesar do corte da estrada e dos avisos, um automobilista contornou o comandante dos bombeiros e entrou no túnel. A viatura ficou lá”, revelou.
Reforçando que a Marinha Grande é um “território muito plano e arenoso”, o que faz com que “com facilidade as areias empapem e não se consiga escoar”, Aurélio Ferreira deixou um apelo à população: “quando a polícia ou os bombeiros colocam sinais é preciso respeitar”.
Sobre um veículo que ficou quase submerso com o seu condutor no túnel da Santos Barosa, o presidente esclareceu que foi a viatura que descaiu dada a inclinação do terreno.