No próximo sábado, o Estádio da Luz será palco de um clássico que pode muito bem decidir o campeonato. Prognóstico só no fim do jogo, mas uma coisa é certa: no meio dos Super Dragões estará João André Silva, médico da equipa sénior de futebol da União de Leiria e adepto de fé inquebrantável do Futebol Clube do Porto.
Muito provavelmente envergará, orgulhoso, uma camisola azul e branca. Se é o modelo actual, o do ano passado, o da conquista da Liga dos Campeões ou da Taça UEFA não sabemos. É que ele tem muito por onde escolher! A sua colecção de camisolas do emblema do dragão há muito que ultrapassou as quatro centenas…
O portismo de João André é uma herança do “querido pai”, a quem muito agradece a galeria de títulos que teve a oportunidade de festejar. “Desde 1978 e dos meus quatro anos que me lembro de sofrer pelo FC Porto”, recorda o ortopedista.
A primeira camisola azul e branca que teve era de lã e recebeu-a por essa altura e foi-lhe oferecida pelo progenitor, com o número 11 de Costa, o ídolo da altura. O primeiro equipamento “a sério” que comprou foi de marca Adidas, da temporada 1994/95.
Usou-a. Muito. E pode muito bem ser ela a ir até à Luz. Jogava a bola com ela, passeava com ela, até que o merchandising dos clubes portugueses evoluiu, o que lhe permitiu começar a abrir horizontes.
“Não era um artigo de primeira necessidade e durou-me muito tempo. A coincidência de ter algum dinheiro no bolso com a disponibilidade de poder procurar camisolas no mundo inteiro através da internet revolucionou isto tudo e fez com que a colecção fosse crescendo aos poucos, uma de um ano, uma de outro”, conta.
Na garagem, são armários e armários cheios de azul e branco. João André admite que a colecção é muito mais do que uma colecção: “é um vício”.
“No início tentava ter uma de cada, mas depois surgiam oportunidades e comprava uma que já tinha. Não é uma coisa que faça falta, mas vou aproveitando as oportunidades, desde que seja a preço aceitável. Às vezes leva-se uma banhada, mas faz parte…”
Foi somando camisolas, a ponto de já conseguir apresentar dois onzes com modelos exactamente iguais. É, de resto, o que faz nas suas festas de aniversário. Mete os amigos a jogar à bola com o símbolo do dragão ao peito.
“Não tenho podido mostrar porque faz parte do compromisso. Ponho sportinguistas e benfiquistas com modelos do FC Porto, mas a condição é não colocar as fotos no Facebook.”
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