Foi o primeiro bar a instalar-se no Terreiro, em 1987. E é o único que continua de portas abertas. Na terça-feira, 14 de Março, celebram-se 30 anos dos Filipes, motivo mais do que suficiente para sugerir, neste espaço de jornal dedicado a descobertas, um espaço da cidade que todos na cidade conhecem.
"A noite de Leiria começou aqui", garante Manuel Oliveira. E é bem capaz de ser verdade. Naquele tempo, "Leiria era uma aldeia grande". Através dos Filipes, "começou a transformar-se numa noite igual à de outras cidades que já estavam mais avançadas, como Aveiro e Braga. Chegavam a vir para aqui clientes de Lisboa", recorda o homem que nasceu há 70 anos numa aldeia do concelho de Torres Novas e vive há 52 no centro histórico de Leiria, ali bem perto do castelo.
Manuel Oliveira tinha trabalhado no café Montanha e na esplanada do Jardim Luís de Camões, depois explorou o bar do bingo e o bar da União Desportiva de Leiria, e ainda abriu os Dois Manéis, no bairro das Almoinhas. Até que resolveu mudar-se para o Terreiro, "uma zona morta", à época. Tantas eram as dificuldades que esteve para "fechar e entregar a chave". Mas a música salvou o negócio. A música debitada por uma aparelhagem caseira e algumas centenas de discos em vinil. Que são hoje, à distância, o ponto de viragem na história dos Filipes. A juventude "começou a aparecer" e em menos de nada já se juntavam multidões a beber, dançar e conversar à esquina do Largo Cândidos dos Reis.
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