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Foram 40 dias a correr e 2222 quilómetros, para sensibilizar o público acerca dos Direitos das Crianças. O ultramaratonista João Paulo Félix começou a “Volta a Portugal a Correr”, a 15 de Julho e terminou-a, ontem, 23 de Agosto no mesmo sítio de onde arrancou, a Praia da Areia Branca, na Lourinhã.
Na sexta-feira, passou por Leiria, seguindo para a Nazaré, no sábado, antes de se lançar para a penúltima etapa, que o levou até Caldas da Rainha e daí até à meta.
A uma média de 55 quilómetros por dia, por vezes mais, a missão de João Paulo, que é sociólogo e trabalha com crianças em casas de acolhimento, passa por chamar a atenção para a necessidade de a sociedade ter uma cultura de infância mais amiga e próxima das crianças, permitindo-lhes um futuro melhor.
“Já corri por causas oficiais mais de 9400 quilómetros”, explica. Todos os anos, em Janeiro inicia uma nova missão, mas o biénio de 2021 e 2022 será dedicado à luta pelos Direitos das Crianças. “Quantos mais formos a divulgar os direitos das crianças mais bem servidos ficaremos”, sublinha.
Este ano, a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) associou-se ao atleta, que levou um passaporte para ser carimbado por cada uma das comissões por onde passou. Em Leiria, o atleta recebeu o carimbo das CNPDPCJ de Leiria e da Marinha Grande.
A prova foi igualmente apoiada por voluntários que colaboraram com o atleta, auxiliando-o no “transporte da bagagem, telefonemas com entidades, redes sociais” e até formando grupos de corrida, que participam em algumas etapas.
O calor e a falta de cuidado de alguns automobilistas, enquanto corria em estrada, foram algumas das maiores preocupações na mente de João Paulo Félix.
A atleta Aurora Cunha foi a madrinha desta “Volta a Portugal a Correr”.