Podem os modernos jogos de tabuleiro servir como ferramentas de intervenção e inclusão social? O Clube de Boardgamers de Leiria, que nasceu no seio da Associação Fazer Avançar, e o projecto Rua Direita, dinamizado pela delegação local da Cruz Vermelha, acreditam que sim.
Partindo dessa premissa, as duas instituições estabeleceram uma parceria e os frutos já começam a surgir e, poderão aumentar, se for aceite a proposta de utilização de jogos de tabuleiro para intervenção educativa e social submetida ao Orçamento Participativo Nacional.
Depois de iniciadas experiências com jovens do Lar de Santa Isabel e do Internato Masculino de Leiria, que têm participado em sessões dinamizadas por membros do Clube de Boardgamers, o projecto está a chegar Estabelecimento Prisional de Leiria – Jovem (ex-prisão-escola). Aqui, a dinamização das sessões cabe às técnicas do Rua Direita.
“Já tivemos duas sessões [na prisão], como três jogos diferentes. Foi muito bom ver a reacção daqueles jovens. Depois de terminado o tempo, queriam continuar”, revela Joana Duarte, coordenadora do Rua Direita, um projecto que trabalha na prevenção de comportamentos aditivos e que conta com o apoio do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).
Micael Sousa, um dos mentores do Clube de Boardgamers de Leiria, explica que esta parceria nasceu do desejo do grupo, criado em 2014, em “fazer diferente”, potenciando os jogos de tabuleiro como instrumento de socialização, de reforço dos laços sociais e intergeracionais e de desenvolvimento de competências múltiplas. Como? Levando a experiência a escolas e instituições sociais e de saúde.
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