Passou pelos juniores da União Desportiva de Leiria (UDL), é actualmente o segundo jogador da equipa sénior com mais partidas, e já este ano vestiu a capa de herói, ao marcar o golo que assegurou a subida dos unionistas à II Liga. No início deste mês, estreou-se como capitão de equipa. Falamos de Leandro Antunes, o avançado natural de Rio Maior, que apesar do percurso marcado por altos e baixos, manteve a perseverança e o sonho do futebol, sendo hoje uma das estrelas da UDL.
“A paixão pelo futebol nasceu cedo. Comecei a jogar futebol aos quatro anos. Cheguei a praticar natação e ténis, mas era mais para ocupar os tempos livres. A paixão foi sempre o futebol”, conta o avançado de 26 anos. Jogou até aos 10 anos em Rio Maior, representando depois o SL Benfica e o Belenenses, até regressar a Rio Maior, onde ficou até aos 16 anos, altura em que se deu a mudança para a UDL.
“Nessa altura fizemos um bom campeonato na primeira divisão nacional de juniores. Individualmente correu-me bem. E fomos à fase final, o que na altura para o Leiria não era muito normal”, relembra.
Após dois anos de castelo ao peito, transferiu-se para o SC Braga, clube com o qual assinou o primeiro contrato profissional. “Foi um passo importante, que por vezes muitos jovens têm oportunidade de dar, e não dão pela família, por não terem condições para apoiar. Tenho a sorte de ter tido essa base familiar.”
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Vestiu a camisola dos bracarenses durante quatro anos e, nos primeiros anos, “tudo correu bem”. Estava a “viver um sonho”, e chegou a ser chamado à selecção nacional, até que, “do nada”, deixou de jogar. “Foi complicado, e decidi dar uns passos atrás, para poder dar outros à frente”, recorda Leandro Antunes, que rumou ao Vilafranquense, tendo sido emprestado ao Atlético Clube Marinhense, da Marinha Grande.
“Foi uma época que correu bem. Permitiu-me voltar a jogar e a sentir a tal paixão. Depois meteu-se a pandemia, voltei ao Vilafranquense, onde fiz meia época, até regressar a Leiria.”
Na UDL encontrou “boas condições”, mas “muito diferentes das que existem hoje em dia”. “Hoje temos condições de equipas de I Liga, o que se deve às pessoas que estão à frente do clube. Tem sido um crescimento notável, não só nas condições oferecidas aos jogadores, mas também nos adeptos e crianças que vêm aos jogos, na ligação com a cidade”, destaca.
Sobre o golo que colocou a UDL na II Liga, lamenta não ter mais flashes do momento, uma vez que “passou tudo muito depressa”, admitindo que gosta de recordar a gravação do golo. “Serve para ganhar uma motivação extra, porque foi um momento que eu sempre sonhei quando era miúdo. É um momento que vou guardar para sempre.”
No passado dia 8 de Dezembro estreou-se como capitão de equipa, naquele que foi “um sentimento incrível”. “Foi uma boa experiência. No plantel tenho três ou quatro capitães à minha frente, mas estou sempre preparado para ajudar o clube.”
Num balanço de 2023, refere ter sido “um ano muito especial”, marcado pela subida de divisão e a conquista do título da Liga 3, em pleno Jamor. Sobre o início na II Liga, refere estar a ser “uma adaptação boa”, ainda que “com alguns resultados menos positivos”, que “fazem parte do crescimento”.
Sobre os objectivos para o futuro, aponta a subida à I Liga. “Uma ambição que não é só minha, mas de todos. Comigo aqui seria melhor, adorava viver esse momento. Mas para já estou focado nesta época. Estou tranquilo em ajudar o clube e em termos individuais, é marcar o máximo possível de golos e assistir.”