Em causa está, segundo a Oikos, a limpeza da vegetação efectuada nas duas margens do rio Lis, no troço junto ao Jardim de Santo Agostinho e na margem direita, a montante da Ponte dos Caniços, que surge num período em que o rio Lis possuía "um caudal apreciável".
Em comunicado, a associaçção ambientalista alerta que a intervenção levada a cabo pode provocar a erosão das margens; redução do habitat para a diversidade biológica no espaço urbano ribeirinho; instalação e proliferação de espécies exóticas invasoras e "perda de filtros naturais para eventuais contaminações do recurso hídrico".
De modo a resolver este e outros problemas ambientais, a Oikos irá realizar, em Novembro, um curso destinado a técnicos autárquicos e outras entidades privadas.
O programa, lançado no âmbito do 3.º congresso sobre educação, ambiente e desenvolvimento, abordará as técnicas a adoptar nas intervenções sobre linhas de água e respectiva galeria ripícola.
Ao longo da sua existência, a associação tem sido responsável por alertar para a importância da realização de intervenções sobre estas galerias, pelo facto da vegetação ser um factor de qualidade dos recursos hídricos e de vida da biodiversidade instalada nas margens.