Quando, nos meses de Fevereiro e Março de 2021, se tornou proibido sair do concelho de residência aos fins de semana, surgiu a ideia: percorrer a pé os limites de Lisboa tentando (quando possível) caminhar na linha que separa a capital do resto dos concelhos limítrofes, ou na impossibilidade, o mais perto possível dela.
O projecto, de Enric Vives-Rubio, já é um livro, com o título Confins, que o autor apresenta hoje, sexta-feira, 13 de Janeiro, na livraria Arquivo, em Leiria, durante uma conversa com início às 18:30 horas.
Enric Vives-Rubio é o convidado de Ricardo Graça em mais uma sessão do ciclo O Grande Plano, dedicado à fotografia.
Na produção de Confins, o seu primeiro livro, o fotojornalista nascido na Catalunha encontrou pequenas florestas, caminhos de terra, muros recém-construídos, muralhas antigas, o rio Tejo. Fronteiras físicas e naturais foram impondo o ritmo e os limites do caminhar pelos limites do concelho de Lisboa.
“O trabalho, feito durante a pandemia, é um convite à reflexão sobre o território, as fronteiras e o confinamento pelo qual todos nós passamos”, lê-se numa nota de divulgação.
Enric Vives-Rubio reside em Lisboa desde 2004 e trabalhou durante 11 anos no jornal Público.
Actualmente é fotojornalista freelancer.
Foi finalista do Prémio Internacional de Fotografia Humanitária Luís Valtueña, em 2006, com um trabalho sobre os bairros de barracas de Lisboa; obteve uma menção honrosa no Prémio Visão, em 2008, com um retrato do Dalai Lama; ganhou o primeiro prémio na categoria notícias da Estação Imagem com um trabalho sobre as inundações na Madeira, em 2011; e ganhou o Prémio Gazeta de Fotografia de 2017, com uma fotografia dos 400 carros incendiados no festival Andanças.